“Junto com Angela Merkel resolvi apresentar uma nova iniciativa. Hoje de tarde viajaremos a Kiev. Vamos fazer novas propostas sobre a resolução do conflito na Ucrânia e serão baseadas na manutenção da integridade territorial do país. Hoje discutiremos essas propostas com o presidente ucraniano e na sexta-feira viajaremos a Moscou para encontrar-nos com o presidente da Rússia”, disse Hollande na coletiva de imprensa nesta quinta-feira (5).
O governo da Alemanha confirmou a visita de Merkel à Ucrânia e Rússia.
Dmitri Peskov, o porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, também confirmou o encontro.
“Confirmo que para amanhã estão planejadas negociações entre Putin, Merkel e Hollande, durante as quais os líderes dos três países discutirão o que concretamente podem fazer os três Estados para contribuir para o fim mais rápido da guerra civil no sudeste da Ucrânia que se intensificou recentemente e que gerou muitas vítimas", afirmou.
Porém, a embaixada dos EUA na Ucrânia não sabe se o secretário do Estado norte-americano John Kerry se encontrará em Kiev com o presidente francês François Hollande e a chanceler alemã Angela Merkel, que chegarão à capital ucraniana daqui a algumas horas.
Kerry chegou a Kiev nesta quinta-feira (5) para travar negociações com as autoridades ucranianas. Segundo alguns analistas, nestes encontros pode ser discutida a questão do fornecimento de armas letais estadunidenses à Ucrânia.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito.
O Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou que as Forças Armadas ucranianas estão a aumentar os efetivos em todas as zonas onde ocorrem combates. Os independentistas, por seu turno, declararam que fizeram “avançar a linha da frente” para evitar os bombardeios de zonas residenciais das cidades por parte do Exército ucraniano.
A Rússia considera que os últimos acontecimentos na região de Donbass comprovam os piores receios: Kiev tenciona resolver a situação por via militar.