Dilma deve seguir o conselho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — para quem Dilma deve sair do gabinete e ir às ruas defender o governo. A ampliação da sua agenda de viagens entrou na pauta da reunião entre a presidente e seis ministros da sua coordenação política para discutir o pacote fiscal, as medidas de combate à corrupção e a estratégia para tentar evitar a derrubada do veto no projeto que reajusta o imposto de renda em 6.5%.
Uma das ideias do governo é adiar a votação do IR, prevista para a semana que vem. Empurrando a votação para março, o Planalto poderá ganhar tempo e tentar um acordo para que a correção seja de um índice menor. Dilma quer ainda reforçar a chamada "agenda positiva", na tentativa de reverter o clima de animosidade com o Congresso e com os agentes econômicos.
Na semana que vem, mais uma vez, o ex-presidente Lula estará em Brasília e os dois poderão se encontrar novamente. Na semana passada, na conversa de Lula com Dilma, ele prometeu ajudá-la na articulação política do governo com o Congresso, na tentativa de reverter o clima de animosidade entre o PT e PMDB após a vitória de Eduardo Cunha (RJ) para o comando da Câmara.
Para defender o ajuste e trabalhar para melhorar a sua popularidade, Lula quer que Dilma retome as viagens pelo País o mais rápido possível. As agendas começaram a ser desenhadas, mas ainda não foram fechadas.
Para Lula, uma agenda de viagens é um importante antídoto contra a queda de popularidade. O ex-presidente avalia que sua sucessora deve visitar redutos onde ela teve boa aprovação e fazer visita a obras em andamento para mostrar que o governo não está parado, a reboque das crises políticas e econômicas.
fonte: Estadão Conteudo