“Eu declarei mais uma vez que é urgente que os líderes russos e os separatistas apoiem o cumprimento e o total respeito pelos Acordos de Minsk e os implementem em todos os locais, inclusive em Debaltsevo, na área de Mariupol e em outros lugares estratégicos. Eu também sublinhei que se isto não acontecer… neste caso inevitavelmente terão lugar consequências que atingirão a economia russa, a qual já enfrenta problemas”, afirmou.
Por sua vez, o seu homôlogo russo Sergei Lavrov afirmou que, no encontro de hoje em Genebra, a questão não foi abordada.
"Eu sei que esta é a posição oficial dos EUA, que foi proferida mais que uma vez. Mas, sinceramente, no encontro com John Kerry não abordamos essa questão", disse Lavrov.
Kiev está realizando, desde meados de abril de 2014, uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas, chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de 5.700 civis já morreram em resultado deste conflito.
Desde 9 de janeiro deste ano, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações.
O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha, inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia. Segundo o acordo, o armistício deve ser seguido pela retirada das armas pesadas da zona de conflito, processo que já se iniciou.