Segundo Lavrov, Moscou não discutiu a questão das sanções, na medida em que elas não foram sua escolha. Assim, nas palavras do chanceler, não haverá qualquer tentativa, por parte da Rússia, de “persuadir” os parceiros europeus de “qualquer coisa”. Segundo ele, “a vida vai trazer tudo de volta à ordem".
De acordo com o ministro Garcia-Margallo, as sanções antirrussas “não beneficiam ninguém” e são muito prejudiciais para a economia espanhola, “especialmente no setor da agricultura". Além disso, em sua avaliação, os acordos de Minsk para a resolução da crise ucraniana estão sendo observados, de modo que não há motivos para expandir as sanções contra a Rússia.
O ministro espanhol afirmou que as armas estão sendo retiradas da linha de frente no leste da Ucrânia, mas, segundo Lavrov, as autoridades de Kiev estão freando o cumprimento dos acordos de paz, possivelmente na esperança de arrastar a implementação das reformas políticas acordadas.
De acordo com o chefe da diplomacia russa, Kiev está “se recusando fortemente a cumprir a cláusula relativa à criação de grupos de trabalho, acordados pelo quarteto da Normandia, e se recusa a chegar a um compromisso sobre as eleições locais” nas autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. Além disso, Lavrov acusou Kiev de “procurar dificultar de todas as formas possíveis o trabalho do Grupo de Contato em si, aparentemente na tentativa de criar uma tensão, pôr em causa o cumprimento dos pontos militares do acordo e, assim, atrasar as reformas políticas".