“As sanções são um sintoma dos problemas fundamentais existentes nas relações entre os EUA e a Rússia. E eles não podem resolver esses problemas. Se as relações fossem melhores, não seriam precisas sanções. Tenho trabalhado com a Rússia há mais de 20 anos e sei que a coerção não é uma boa maneira para fazer alguém cumprir o que se pretende. Este aspeto se aplica especialmente aos russos e o governo dos EUA devia entender isso”, disse Norberg.
“A compreensão do contexto geral, independentemente da opinião de Washington sobre as ações de Moscou, é extremamente importante para um diálogo construtivo. Infelizmente, parece que agora não temos esse diálogo… As sanções apenas reduziram a probabilidade de a Rússia mudar sua posição”, acrescentou.
Na opinião de Norberg, a consecução de resultados mais aceitáveis seria possível se os americanos começassem a trabalhar com os parceiros russos mais cedo e de forma mais estreita, reduzindo as possíveis preocupações. “Mas isso exigiria compromissos”, frisou.
Consequências económicas
Depois de uma queda recorde do rublo em 2014, no início de 2015 a situação no mercado de câmbio começou a se estabilizar, e nos últimos dois meses o rublo tem demonstrado um crescimento notável. Tudo isso acontece no contexto de subida dos preços do petróleo de 48 de dólares por barril para 58 de dólares.
Segundo O'Brien, o governo russo fez tudo para apoiar o rublo, nomeadamente: na economia foi injetada parte dos fundos de reserva nacional, tem sido levantada a taxa de juros de 10,5% para 17%, para estimular as pessoas a manter as suas economias em rublos, o que lhe trará bons juros, em contraste do dólar norte-americano, bem como uma série de outras medidas.