"Objetivamente, as relações comerciais que tivemos com a Rússia dez anos atrás nunca serão restauradas", disse o premiê, na reunião de um conselho econômico e social sobre as perspectivas de desenvolvimento do país.
"Precisamos de novos mercados", afirmou ele, acrescentando que, em sua opinião, Kiev deve procurar maneiras de entrar nos mercados europeus.
Também presente na reunião de hoje, o ex-primeiro-ministro e ex-diretor do Banco Nacional da Ucrânia, Sergei Arbuzov, disse, por sua vez, que a economia doméstica afundou durante o ano seguinte aos acontecimentos que levaram à mudança de poder no país.
"Durante o ano, a Ucrânia perdeu US$ 7 bilhões com a ruptura das relações comerciais com a Rússia. O volume de negócios de comércio ficou três vezes menor e sua rápida recuperação é impossível. Enquanto isso, é em princípio impossível restaurar o volume de negócios de commodities alternativamente sem a Rússia. Ninguém vai nos permitir entrar na Europa com a nossa produção. Eles nos veem apenas como um suplemento de matéria-prima e um mercado para os seus produtos", disse Arbuzov.
Em abril de 2014, o governo central ucraniano deu início a uma operação militar na região de Donbass, no leste do país, onde a maior parte da população se recusou a aceitar a legitimidade do novo gabinete em Kiev e, em vez disso, decidiu criar as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk.