De acordo com a mídia dos EUA, que cita o Departamento de Estado norte-americano, John Kerry realizará na segunda-feira, no âmbito da conferência, uma reunião com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif.
Este encontro e as conversações serão as primeiras dos chanceleres desde as negociações em Lausanne de 2 de abril, quando foi assinado o acordo-quadro sobre as vias de solução do problema nuclear iraniano.
As relações entre os EUA e o Irã são complicadas. Ao chegar a Washington, Zarif declarou aos jornalistas que, primeiramente, exigirá aos EUA que expliquem as declarações ameaçadoras das últimas semanas.
Ainda mais cedo, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que os sistemas russos de defesa antiaérea S-300 não serão um obstáculo para os EUA atacarem instalações nucleares do Irã. O lado iraniano exige uma explicação.
Qual poderá ser a resposta? E será que os EUA vão responder?
O analista político iraniano do canal televisivo Press TV, Hassan Beheshtipour, comentou a situação à Sputnik Persian.
Segundo o direito internacional, os Estados Unidos são responsáveis por todas as ameaças que declaram contra qualquer país. Mas algumas forças nos círculos do poder nos EUA continuam a defender a sua posição. Por exemplo, por detrás do fornecimento de caças de última geração F-35 à Israel está o "lobby sionista" no Congresso dos EUA. Os norte-americanos estão fazendo tudo o possível para agradar aos seus aliados na região do Oriente Médio.
O partido Democrático no Congresso dos EUA pode tentar mostrar a Israel que ‘sim, estamos perto de um acordo com o Irã sobre o programa nuclear, mas a segurança de Israel é mais importante para nós’. Por isso eles fornecem armamentos a Israel. No mesmo tempo, o Irã só exige que Israel deixe a sua política agressiva e não ataque nenhum país, porque a segurança na região sofreria com isso.
Segundo Hassan Beheshtipour, o Irã, como membro do TNP, tem o direito de exigir o respeito pelo direito internacional e preservar a sua segurança. Portanto, na próxima reunião com o secretário de Estado, esta questão será levantada. Mas a resposta do lado americano é difícil de prever, porque "tudo vai depender do talento dos diplomatas de falar na língua do direito internacional".