Sauditas decapitam estrangeiros e suspendem corpos em helicópteros

© flickr.com / Yasser AbusenA taxa de execução na Arábia Saudita subiu para níveis recordes em 2015
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A taxa de execução na Arábia Saudita subiu para níveis recordes este ano, e o governo já teria decapitado cinco estrangeiros condenados por homicídio e roubo, e, em seguida, exibiu os seus corpos de um helicóptero para dissuadir os possíveis criminosos.

A informação sobre o incidente veio do Comitê dos Direitos Humanos na península Arábica.

Na segunda-feira, o Ministério do Interior saudita declarou ter decapitado cinco estrangeiros. Khaled Fetini e Ibrahim Nasser do Iêmen, Hassan Omar do Chade, Salem Idriss de Eritreia e Abdel Wahhab Abdel Maeen da Sudão foram condenados pelo assassinato de um guarda indiano e, em seguida, de roubar o dinheiro dele.

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A execução foi realizada na cidade de Jidá perto do mar Vermelho, e, de acordo com a declaração do ministério, após a execução, os funcionários "balançavam seus corpos de um helicóptero para o público ver".

Assim, em 2015, as autoridades sauditas executaram 78 pessoas, o que é uma estatística alarmante que já provocou muitas críticas da organização internacional de direitos humanos Anistia Internacional.

O grupo classificou a situação na Arábia Saudita como um "pico macabro" quando comparou as taxas de execução dos anos 2014 e 2015. Em 2014, 87 pessoas foram decapitadas durante o ano inteiro, e os primeiros cinco meses de 2015 já estão chegando muito perto a este número.

As autoridades da Arábia Saudita continuam crendo que as execuções são necessárias para "manter a segurança e fazer justiça" e segundo a sua legislação, tais crimes como estupro, assassinato, tráfico de drogas, assalto a mão armada e apostasia são punidos pela morte.

Em março, o tribunal penal da Arábia queria voltar a processar um blogger ateu que foi condenado a prisão e mil chicotadas por supostamente insultar o Islã no site da Rede Liberal Arábia. Isso poderia resultar em novo julgamento e pena de morte.

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Já em abril, o Ministério do Interior saudita declarou ter executado três cidadãos deste mesmo país, dois por assassinato e um por "contrabandear uma grande quantidade de comprimidos de anfetaminas proibidas".

Também é proibido pelo governo saudita de filmar as decapitações. Um ativista que lançou um vídeo duma execução em janeiro foi preso e levado a julgamento.

Segundo Anistia Internacional, a Arábia Saudita ocupa a terceira posição mundial em número total de execuções realizadas. Em 2014, o segundo lugar com o total das execuções realizadas foi ocupado por Irã com 289 de execuções, enquanto a China estava no primeiro lugar, com uma estimativa não confirmada variando nos milhares.

O Iraque ocupa a quarta posição, e os Estados Unidos, a quinta.

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