A informação sobre o incidente veio do Comitê dos Direitos Humanos na península Arábica.
Na segunda-feira, o Ministério do Interior saudita declarou ter decapitado cinco estrangeiros. Khaled Fetini e Ibrahim Nasser do Iêmen, Hassan Omar do Chade, Salem Idriss de Eritreia e Abdel Wahhab Abdel Maeen da Sudão foram condenados pelo assassinato de um guarda indiano e, em seguida, de roubar o dinheiro dele.
Assim, em 2015, as autoridades sauditas executaram 78 pessoas, o que é uma estatística alarmante que já provocou muitas críticas da organização internacional de direitos humanos Anistia Internacional.
O grupo classificou a situação na Arábia Saudita como um "pico macabro" quando comparou as taxas de execução dos anos 2014 e 2015. Em 2014, 87 pessoas foram decapitadas durante o ano inteiro, e os primeiros cinco meses de 2015 já estão chegando muito perto a este número.
As autoridades da Arábia Saudita continuam crendo que as execuções são necessárias para "manter a segurança e fazer justiça" e segundo a sua legislação, tais crimes como estupro, assassinato, tráfico de drogas, assalto a mão armada e apostasia são punidos pela morte.
Em março, o tribunal penal da Arábia queria voltar a processar um blogger ateu que foi condenado a prisão e mil chicotadas por supostamente insultar o Islã no site da Rede Liberal Arábia. Isso poderia resultar em novo julgamento e pena de morte.
Também é proibido pelo governo saudita de filmar as decapitações. Um ativista que lançou um vídeo duma execução em janeiro foi preso e levado a julgamento.
Segundo Anistia Internacional, a Arábia Saudita ocupa a terceira posição mundial em número total de execuções realizadas. Em 2014, o segundo lugar com o total das execuções realizadas foi ocupado por Irã com 289 de execuções, enquanto a China estava no primeiro lugar, com uma estimativa não confirmada variando nos milhares.
O Iraque ocupa a quarta posição, e os Estados Unidos, a quinta.