Le Pen critica acordo comercial entre UE e EUA temendo fortalecimento de corporações

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A líder da Frente Nacional da França, Marine Le Pen, começou uma campanha de um mês contra o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP na sigla em inglês) que está sendo negociado entre a União Europeia e os EUA e é criticado pela falta de responsabilização e secretismo.

“É essencial que o povo da França conheça o conteúdo do TTIP e as suas motivações para combatê-lo, porque os nossos compatriotas devem poder escolher o seu futuro, devem afirmar o modelo de sociedade que lhes serve, não forçada por empresas multinacionais ávidas de lucros”, disse Le Pen durante a coletiva em Paris.

Na prática norte-americana, o conteúdo de todos os acordos econômicos é classificado. Ultimamente a União Europeia criou gabinetes de leitura para funcionários autorizados, mas só uns milhares de pessoas foram autorizadas a ter acesso aos documentos de trabalho.

© AP Photo / Jacques BrinonLíder do partido francês Marine Le Pen
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Líder do partido francês Marine Le Pen

Marine Le Pen criticou o secretismo e pediu mais transparência nas negociações sobre o TTIP, nas quais participam, na maioria, burocratas da Comissão Europeia e as partes interessadas de organizações públicas e homens de negócios.

No ano passado Marine Le Pen como deputada do Parlamento Europeu já tentou obter mais transparência do acordo TTIP, mas falhou.

Agora ela espera ganhar apoio popular, conforme disse aos jornalistas:

“Estou convencida de que podemos fazer recuar o TTIP caso as pessoas saibam do seu conteúdo e caso elas decidam se juntar a nós para expressar o seu desacordo.”

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Marine Le Pen: política externa de França é ditada por EUA
Ao mesmo tempo que os apoiantes do acordo prometem que ele levará ao aumento em 0,5% do PIB da Europa e dos EUA, vários políticos expressam séria preocupação.

Os legisladores europeus ultimamente colocaram diversas questões, em particular as que têm a ver com o mecanismo de Arbitragem Investidor-Estado (ISDS na sigla em inglês) delineado no acordo. Este mecanismo prevê a criação de tribunais econômicos especiais, que poderão operar fora da legislação tradicional e que permitirão às corporações lançar processos judiciais contra governos. Em abril, milhares de pessoas foram para as ruas de Bruxelas, Berlim e Helsinki para protestar contra o acordo sigiloso.

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