Segundo EUA, Iraque deve fazer mais esforço para combater EI

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A Casa Branca quer limitar a sua ajuda ao Iraque na luta contra o EI a envio de instrutores frisando que o resto deve ser feito pelo exército iraquiano. No entanto, o ex-presidente do Afeganistão Hamid Karzai opina que o EI é consequência da interferência exterior nos assuntos da Síria e Iraque.

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Ben Rhodes, conselheiro-chefe de segurança para a comunicação estratégica dos EUA disse nesta quinta-feira (10) disse que a administração dos EUA não exclui a realização de medidas adicionais na luta contra a organização terrorista Estado Islâmico (EI).

Anteriormente a Casa Branca anunciou que os EUA podem enviar ao Iraque 450 militares adicionais que irão executar o cargo de instrutores e conselheiros e depois disso o número total de militares estadunidenses no Iraque irá alcançar 3.100 soldados. 

“O Presidente [dos EUA Barack Obama] não exclui a possibilidade de realização de passos suplementares. Ele está sempre aberto para considerar as mudanças da estratégia atual”, disse Rhodes. 

Porém, segundo ele, os EUA pensam que “Os próprios iraquianos devem ter mais papel na questão de retorno sob controle do governo do Iraque das partes do país atualmente controladas pelo EI” 

Rhodes sublinhou que na resolução desta questão “podem ajudar por meio de bombardeios, treinamento e equipamento” das forças iraquianas. 

“Mais uma vez, nós pensamos que a estratégia irá funcionar se os iraquianos conseguirem colaborar conosco”, disse o representante da Casa Branca frisando que Washington deve ter o papel auxiliar na execução de operações realizadas pelo exército iraquiano.

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Enquanto os americanos incentivam de maneira bastante bruta as forças iraquianas a lutar contra o Estado Islâmico, o ex-presidente do Afeganistão Hamid Karzai numa entrevista ao canal televisivo RT disse que o aparecimento do grupo extremista Estado Islâmico é o resultado de interferência externa nos assuntos dos países do Oriente Médio. 

“O Estado Islâmico do Iraque e do Levante ou Daesh não surgiu no Afeganistão. O seu aparecimento foi o resultado de acontecimentos do Iraque e na Síria, uma consequência da interferência exterior nos assuntos desses países”, sublinhou.      

Segundo ele, se tudo tivesse sido diferente e o movimento tivesse surgido no ambiente popular, as autoridades dos países pudessem estabelecer um diálogo com ele. 

“Se, por exemplo, o Estado Islâmico no Iraque surgisse de maneira natural, como consequência de descontentamento da população local, porque não? As autoridades do Iraque concordariam a travar negociações com eles. A mesma coisa na Síria – as autoridades sírias deveriam entrar no diálogo com eles”, frisou o ex-líder afegão.   

“Mas se no Iraque e na Síria atua um grupo radical que foi criado por forças exteriores e está sendo usado para destruir, não se pode tratar de um diálogo neste caso”, sublinhou.   

Lembramos que anteriormente um jornalista Nafeez Ahmed fez uma investigação na qual ele alega um documento do Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês) dos EUA, segundo o qual o Pentágono sabia que a estratégia americana de apoio aos grupos extremistas na Síria para derrubar o regime do presidente Bashar Assad resultará em surgimento do Estado Islâmico, mas os EUA não mudaram a estratégia.

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