Esta segunda-feira (20) as novidades na Grécia não foram só a reabertura dos bancos, mas também o aumento do imposto sobre valor acrescentado (IVA) no setor da restauração e transportes públicos. O país também deve pagar 3,5 bilhões de euro ao Banco Central Europeu, em caso contrário a instituição irá cortar o financiamento de emergência aos bancos gregos.
#Greece to reopen banks on Monday, cash restrictions to remain http://t.co/oKryvZFdH4 #GreekCrisis pic.twitter.com/8sTpdk3B2M
— RT (@RT_com) 19 июля 2015
Cabe lembrar que, em 30 de julho, a Grécia já falhou o pagamento de US$ 1.8 bilhões ao FMI.
Os 19 países da moeda única são também afetados com a crise grega: os déficits públicos aumentaram, tal como a dívida. Nos termos do Tratado de Maastricht de 1992, os países que têm uma moeda comum devem obedecer a regras sobre o endividamento e o limite do déficit. Mas as únicas soluções dos problemas têm sido os resgates, ou seja, mais empréstimos, por parte das instituições europeias e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Um dos arquitetos do euro, Jacques Delors, ex-presidente da Comissão Europeia, completa hoje (20) 90 anos de idade. Em homenagem a Delors, o presidente francês, François Hollande, concedeu uma entrevista à edição francesa Journal du Dimanche, na qual sugeriu estabelecer um governo da zona do euro.
“A moeda única é muito mais de que a convergência econômica.”
Além disso, Hollande sublinhou que a zona do euro deve ser liderada por “uma vanguarda de países”. Segundo ele, a França está disposta a participar neste processo porque, como Jacques Delors mostrou, o país se torna mais forte quando mostra iniciativa na Europa.
Enquanto isso existe a opinião de que a instituição proposta não resolverá os problemas dentro a UE e do euro.
O premiê grego, Alexis Tsipras, junto com a coalizão no poder no seu país, defendeu a reestruturação da dívida grega e mais independência nos assuntos econômicos dentro da UE. Recorde-se que ele chegou ao poder através de promessas de acabar com a política de austeridade.
Neste contexto, o presidenciável de Portugal Paulo Morais opinou em exclusivo à Sputnik Brasil que está na hora de o premiê grego sair. O político português argumentou a sua opinião pelo fato de que Tsipras agora implementa o contrário do que sempre defendeu.
“Eu acho verdadeiramente que o próprio primeiro-ministro grego neste momento deveria fazer é eventualmente sair, porque já não exerce o cargo com dignidade.”
Com o objetivo de mostrar a Tsipras as consequências da austeridade, Paulo Morais convidou mesmo o premiê a visitar Portugal.