"Eu considero a viagem dos parlamentares franceses para a Crimeia o passo certo, porque reconhece o estatuto jurídico atual da Crimeia, desde que a península de fato se tornou parte da Federação Russa. Eu estou a favor de tal viagem e vou tentar realizá-lo", disse Korwin-Mikke na sexta-feira.
A verdade é que uma Ucrânia independente, que os políticos poloneses tanto esperavam ver, mudou drasticamente, disse Korwin-Mikke em entrevista à Sputnik Polska. Na sua opinião, a Polônia deve olhar mais para o leste, não para o oeste:
"O nosso partido considera a Rússia como um forte contrapeso para a União Europeia. Gostaríamos de desenvolver laços comerciais com a Rússia e a China de forma mais ativa", disse Korwin-Mikke, acrescentando que a expansão econômica da Polônia deve se apontar para o oriente.
De acordo com ele, a Rússia e a Polônia não têm nenhuma disputa territorial. No entanto, a Polônia tem disputas territoriais com a Ucrânia e ainda com a Alemanha. A Alemanha domina a Ucrânia, é evidente; diz. Nesse caso, explica o político, é melhor fazer amizade com a Rússia do que com os vizinhos.
"Eu fui na fronteira russo-polonesa e não vi hostilidade lá. Acho que não é preciso aumentar as tropas da OTAN. Isto não significa que eu apoie as ações da Rússia em Donbass. Para mim, o interesse da Polônia é de ter a Rússia como o amigo, mas não brigar com ela. Se os outros partidos pensam de outra forma, então, na minha opinião, eles estão errados", afirmou Korwin-Mikke.
Os países ocidentais e também o Japão impuseram sanções econômicas alvejando os segmentos bancário, energético da Rússia e alguns setores de defesa após a reunificação da Crimeia com a Rússia.
A península acolheu, em julho, uma delegação de deputados franceses, que elogiaram a região, ressaltando que o referendo foi legítimo e a Crimeia é uma região da Rússia. Depois daquela visita, outros grupos de deputados europeus, inclusive franceses, italianos e alemães, apoiaram a ideia e anunciaram o seu desejo de visitar a Crimeia. Os legisladores franceses disseram que o que eles viram na Crimeia foi completamente diferente do que era retratado pela mídia ocidental.