Primeiro-ministro chinês apazigua comunidade bancária mundial

© AFP 2023 / KIRILL KUDRYAVTSEV / Acessar o banco de imagensPremier chinês, Li Keqiang
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O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, se esforçou para acalmar os investidores globais. Na reunião mundial dos Novos Campeões em Dalian (China), lembrou-se do “grande potencial” e da “estabilidade interna” da China e concluiu que a economia chinesa tem perspectivas positivas no futuro.

Li Keqiang, primeiro-ministro da China - Sputnik Brasil
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O chefe do governo chinês apelou aos parceiros estrangeiros para não criarem a imagem da economia chinesa tendo em conta somente um setor, subentendendo a recente queda nas bolsas chinesas. Iniciam-se programas de apoio à nova industrialização, tecnologias informáticas, urbanização e modernização agrícola.

O evento em Dalian, apodado de "Davos de verão" (Davos é a sede do fórum homônimo na Suíça, considerado como o principal encontro econômico e financeiro do mundo), reuniu "os novos campeões" de todo o mundo em um momento pouco favorável para a China. A queda maior no mercado de ações e uma desvalorização do yuan provocaram preocupação de investidores. Tinham uma impressão que a situação crítica na China pode levar a mais choques no espaço financeiro do mundo.

Essas preocupações também foram exprimidas em Dalian. Mas é um mérito das autoridades chinesas que tentam liquidar tensões enquanto todo o mundo está à espera de novas informações e avaliações da situação.

Li Keqiang disse o que devia dizer, opina o especialista do Instituto de desenvolvimento moderno Nikita Maslennikov.

"A redução das tenções em relação a informações entre os participantes do mercado exigia intervenções verbais dos líderes chineses do nível mais alto. Em particular, Li Keqiang, como um economista professional e famoso pela sua posição e visão sobre os modos de reformar o sistema financeiro chinês, com certeza, usou a oportunidade de falar sobre isso. Vamos ver como desenvolverá a situação", afirmou Maslennikov.

O primeiro-ministro chinês confirmou as decisões do Banco Popular da China que foram tomadas durante a queda das bolsas de Xangai e Shenzhen. A China vai reduzir interdições de acesso ao setor financeiro para capitais privados. Além disso, no futuro a China planeja facilitar acesso ao seu mercado monetário interbancário para bancos centrais estrangeiros. Trata-se da mais abertura deste setor ao mundo exterior, afirmou o diretor adjunto do Instituo de economia quantitativa e técnica da Academia de ciências sociais da China, Fan Mingtai.

"A admissão dos bancos estrangeiros ao mercado monetário interbancário da China é um mecanismo para melhorar a cotação do yuan e um passo importante para a internacionalização do yuan. […] também alargou as possibilidades de realizar transações entre os bancos chineses e os investidores monetários. Isso permitirá aperfeiçoar o mecanismo de fixar a cotação do yuan, reduzir a sua volatilidade. Tudo isso significa que a China está segura sobre a posição forte do yuan. Ao mesmo tempo, a abertura do mercado monetário para bancos estrangeiros ameaça a estabilidade da cotação do yuan. Primeiramente se trata de que os bancos chineses que operam no mercado monetário interbancário terão de aumentar carteiras dos ativos monetários e eficácia do controle dos riscos nas operações monetárias".

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Segundo Maslennikov, a China ainda não conseguiu estabilizar seus mercados financeiros. Nos últimos três meses gastou mais de 230 bilhões de dólares para sustentar o mercado que é muito. Tudo isso estimulou o refluxo de capitais da China, que é equivalente a 200-360 bilhões de dólares. Este fato provoca preocupações sobre que o crescimento da economia chinesa continuará caindo.

Li Keqiang também afirmou que a China não trava guerras monetárias e planeja estabilizar a taxa do yuan. Apesar disso na quinta-feira o Banco Popular da China reduziu a cotação da moeda em 0,22%. Esta redução foi a maior desde o momento de desvalorização do yuan em agosto.

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