“The New York Times” revela fracasso da coalizão dos EUA na Síria

© AFP 2023 / MAHMOUD TAHAFoto clicada em 30 de setembro de 2015 mostrando edifícios danificados na cidade síria de Talbisseh, na província de Homs
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O jornal norte-americano The New York Times publicou um artigo destacando o fracasso da nova estratégia dos Estados Unidos na Síria.

“Semanas depois de a Administração Obama ter cancelado o fracassado programa do Pentágono para treinar e armar rebeldes sírios contra o Estado Islâmico, os funcionários norte-americanos anunciaram um novo esforço para equipar novas forças na região para combater os jihadistas”, escreve o periódico nova-iorquino. 

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No entanto, dez dias de entrevistas e visitas ao norte da Síria por parte dos jornalistas "mostraram que esta coligação existe apenas no nome e que os desafios políticos e logísticos são enormes".

Além disso, o artigo aponta os problemas potenciais dessa coalizão, em que as milícias curdas desempenham um papel importante, alienando a Turquia, um aliado-chave dos EUA na região.

Segundo o jornal, os próprios comandantes das forças de autodefesa curdas (YPG) expressaram ceticismo sobre os esforços dos EUA, porque, apesar de sua experiência em combate contra as forças do Estado Islâmico (EI), a população árabe em outras partes do país pode criar desconfiança.

A coalizão que os EUA estavam tentando forjar na Síria seria composta por "pequenos grupos que se aliaram com os curdos, incluindo árabes e rebeldes turcomanos, milícias cristãs e combatentes beduínos leais a um sheik que considerava o líder líbio, o coronel Muammar Gaddafi, como seu amigo".

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O The New York Times também observa que a heterogeneidade da coalizão torna difícil a coordenação entre os diferentes grupos cujo nível de instrução é desigual.

"Embora os curdos tenham sido utilizados para garantir a segurança do seu território, com forças uniformizadas e uma clara cadeia de comando, os seus aliados árabes muitas vezes deixam adolescentes armados com Kalashnikov em postos de controle e parando carros aleatoriamente e assustando motoristas", diz o artigo. 

A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realiza ataques contra o Estado Islâmico na Síria desde 2014, no entanto, o grupo terrorista ampliou o seu domínio em vastos territórios do país durante este período. 

A Rússia, por sua vez, iniciou em 30 de setembro operações contra posições do Estado Islâmico na Síria após um pedido do presidente sírio, Bashar Assad.


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