O enviado do Departamento de Estado dos EUA para a coalizão contra o Estado Islâmico Brett McGurk disse que as tropas das Forças Especiais do Exército dos EUA estão prontas para seguir para a Síria "muito em breve".
De acordo com McGurk, agora é possível atacar a sede do EI em Raqqa na Síria, que é considerada a "capital" da organização terrorista. McGurk acrescentou que os EUA consideram a participação da Rússia na luta contra o EI de forma positiva.
"Eles (os militares) vão chegar lá (à Síria) muito em breve", disse McGurk à CBS News, acrescentando que o calendário exato ainda não está definido.
McGurk disse também que a Síria está em uma situação terrível no que se refere à presença de combatentes estrangeiros. O enviado norte-americano comparou a situação à guerra liderada pela União Soviética no Afeganistão, durante a qual os EUA enviaram conselheiros militares, bem como financiaram e treinaram os militantes islâmicos para lutar contra as forças soviéticas e governamentais do país.
O presidente sírio, Bashar Assad, expressou anteriormente muitas preocupações sobre os combatentes estrangeiros entre os rebeldes, mesmo antes da separação do EI dos outros grupos terroristas que lutam contra o governo sírio, incluindo a Frente al-Nusra, afiliada da al-Qaeda.
McGurk também disse que as negociações de Viena sobre o futuro da Síria são fundamentais para o futuro da Síria, embora tenha ressaltado que os EUA continuam os esforços para que Assad abandone o poder.
Abordando o assunto da operação russa na Síria, o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov sublinhou que a operação está sendo realizada para prestar apoio à ofensiva do exército sírio no terreno e que uma operação terrestre organizada pela Rússia está fora de questão.
O presidente russo Vladimir Putin confirmou mais cedo que o período da operação militar russa na Síria será limitado pelos resultados da ofensiva do exército sírio, negando a possibilidade de uso das Forças Armadas da Rússia para ações militares terrestres.
Anteriormente o Presidente Barack Obama havia prometido não engajar soldados em operações terrestres na Síria, que vive uma violenta guerra civil desde 2011.
