Química Verde dá mais vida

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Comemorando suas pesquisas na área da proteção do meio ambiente e da saúde humana, a Unesco entregou seus autores, jovens cientistas de seis países, bolsas conjuntas da União Internacional de Química Pura e Aplicada e a empresa russa FosAgro.

A cerimônia teve lugar no âmbito da sessão do Conselho Consultivo de Ciência do secretário-geral da ONU, na Universidade de Mineração e Matérias-Primas Gorny de São Petersburgo.

O projeto global Química Verde para a Vida foi anunciado em 29 de março de 2013. O objetivo desta parceria é o apoio a jovens cientistas que se ocupam da área da “química verde”, visando proteger o meio ambiente e a saúde humana, criação de processos energeticamente eficientes  e a implementação de tecnologias favoráveis ao meio ambiente.

Neste ano, o Júri Científico Internacional escolhei seis dos 119 pedidos de bolsa da Unesco/FosAgro. São pesquisas de jovens cientistas da Itália (Daniel Leonori), Austrália (Alexander Bissember), Argentina (Natalia Cuichi), Bulgária (Svilen Simeonov), Irã (Mehdi Mohammadi) e África do Sul (Allan Prior). Por exemplo, um dos laureados, Allan Prior, da África do Sul, propôs estudar o casco do caju, rejeitado como resíduo por agricultores africanos, e que contém ácido anacárdico. Segundo o cientista, este ácido é um meio eficiente de tratamento de doenças de gado.

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“O nosso objetivo é integrar a ciência de vanguarda na política. Nós acreditamos na diplomacia científica, acreditamos que a ciência não conhece limites, porque os cientistas de todo o mundo falam a mesma língua. Nós vivemos em uma época de profundas mudanças, que é também uma época de restrições. E há um recurso que nós devemos poupar com cuidado especial – é o talento humano, a capacidade de criação e inovação”, disse a secretária-geral da Unesco, Irina Bokova, durante a cerimônia.

De acordo com a opinião da presidente da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), diretora do Instituto de Química e Problemas do Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Química Técnica D.I. Mendeleev, Natalia Tarasova, entre os 17 objetivos na área do desenvolvimento sustentável presentes na Agenda da ONU até 2030, 11 podem ser realizadas com a ajuda da química. “A química – enquanto ciência e indústria – é um motor do progresso, por isso os químicos têm uma grande responsabilidade no que toca às vias deste progresso”, disse ela.

Já o diretor general da FosAgro, Andrei Guriev, notou que chegou a hora da química verde. “Surgiu a possibilidade de influenciar o futuro do nosso planeta através de novos projetos científicos importantes. Eu espero que cada um dos laureados possa desenvolver as suas ideias que abram o caminho ao crescimento econômico compatível com a proteção do meio ambiente para as gerações futuras. A implementação destes projetos na vida real irá também fomentar, eu acho, o fortalecimento da segurança alimentar global”, disse Guriev, citado por um comunicado da FosAgro.

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Pela primeira vez na história da Unesco e de todo o sistema da ONU, o projeto “Química Verde” é realizado sem financiamento do orçamento da organização, senão com os meios de uma empresa russa. A FosAgro destinou 1,4 milhões de dólares para financiar o projeto durante cinco anos. O projeto é destinado à solução de problemas globais do desenvolvimento sustentável. Ele prevê a prestação de ajuda financeira e científica a perspectivos jovens cientistas que desenvolvem novas tecnologias de vanguarda com base nos princípios da “Química Verde” para solucionar os problemas da proteção do meio ambiente e saúde, alimentação, aumento da eficiência energética e uso racional dos recursos naturais.

 “Os assuntos ecológicos entraram ao primeiro plano na lista dos valores globais da humanidade. Por isso, o projeto de apoio aos cientistas que se ocupam do desenvolvimento das novas tecnologias destinadas à redução da influência negativa ao meio ambiente, está se tornando uma parte importante do complexo de medidas e esforços da comunidade internacional para conservar a natureza da Terra”, assim o comunicado cita as palavras do secretário responsável da Comissão para Assuntos da Unesco da Rússia, Grigory Ordzhonikidze.

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