WSJ: aliados dos EUA no conflito sírio ficam do lado da Rússia

© Sputnik / Andrei Stenin / Acessar o banco de imagensManifestação na Síria em apoio da Rússia
Manifestação na Síria em apoio da Rússia - Sputnik Brasil
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A participação da aviação russa no conflito sírio vem atraindo muitos aliados dos EUA no Oriente Médio a cooperar com Moscou. Quem escreve é a publicação do The Wall Street Journal, citando diplomatas árabes, israelenses e norte-americanos.

“O reforço da ação militar da Rússia na Síria é compartilhada por aliados de Washington no Oriente Médio — alguns países estão começando a ver a necessidade de trabalhar em conjunto com o Kremlin, apoiando o regime Bashar Assad", escreve o jornal.

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Do ponto de vista do Wall Street Journal, esse tipo de mudança complica a situação diplomática já difícil: vitais parceiros norte-americanos ocupam posições diametralmente opostas entre si em um momento crucial.

Na última quinta-feira, representantes dos EUA, Rússia e outros países se reuniram em Munique, para discutir o cessar-fogo e a resolução a longo prazo do conflito sírio, que se arrasta há quase cinco anos. 

Aqueles Estados que mais fortemente investiram na revolta contra Bashar Assad, particularmente a Turquia, Arábia Saudita e Qatar, pediram à oposição síria a não fazer concessões nas negociações e para continuar a lutar.

Já países como Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, pelo contrário, expressaram disponibilidade de aceitar o papel de Moscou na Síria e a necessidade de trabalhar mais estreitamente com o Kremlin neste sentido.

"Como resultado de nossas discussões com a parte russa, percebemos que a sua tarefa principal é a luta contra as organizações terroristas. Apoiamos todos os esforços internacionais que visam a erradicação do terrorismo na Síria", disse o ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry.

"Temos de agir em conjunto e deixar de lado todas as nossas diferenças regionais", disse o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed Al Nahyan, que se reuniu com o chanceler russo, Serguey Lavrov, na semana passada.

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Já a Jordânia estabeleceu em sua capital, Amã, um centro especial para coordenar as atividades na Síria com a Rússia.

Alguns analistas e diplomatas acreditam que mais aliados dos EUA tendem a ir para o lado da Rússia, porque estariam decepcionados com a posição da administração Obama sobre o conflito sírio.

"Muitas pessoas do Oriente Médio dizem que quatro anos se passaram, e os Estados Unidos organizaram um caos na Síria, ou, em geral, não fizeram nada", comentou Faysal Itani, um membro sênior do Conselho do Atlântico. Agora, esses países acreditam que a Rússia ocupou uma posição madura nesta situação, disse ele.

No ano passado, muitos países árabes tinham confiança na falta de força da posição de Bashar Assad depois da oposição lançar uma ofensiva na província de Latakia. Os militantes estavam se preparando para fazer uma ofensiva em Damasco ao largo da costa, o que poderia resultar numa pressão sobre o governo sírio.

No entanto, ao longo dos últimos meses, com a ajuda de aviação russa, o exército sírio expulsou os militantes de Latakia e os afastou para a fronteira turca.

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