“Não entendo porque [Obama] decidiu envolver-se em uma guerra que está sendo vencida pelo Exército sírio e pelos seus aliados, inclusive a Rússia”, disse Hersh. “Posso somente especular que o nosso instinto anti-Putin e anti-russo na América continua se desenvolvendo precipitadamente”, acrescentou.
O jornalista elogiou Moscou por realizar a operação antiterrorista na Síria. “O verdadeiro vencedor na guerra no ano passado têm sido os russos”, disse Hersh destacando que bombardeamentos realizados pela Rússia foram muito mais eficientes.
Embora a decisão do presidente norte-americano Barack Obama de reforçar a presença dos EUA na Síria possa afetar o processo de paz de Genebra, von Sponeck notou dizendo que o passo é a parte de uma “série de experimentos” que Washington realizou no país, dilacerado pela guerra, e no Iraque vizinho.
O passo é realizado sob o pretexto de ajudar as forças locais a lidarem com o Daesh. Entretanto, von Sponeck ofereceu uma outra explicação.
Obama “entra nos seus últimos seis meses [do mandato presidencial] e quer deixar uma herança que mostre alguns sinais de sucesso“, explicou.
“Aos norte-americanos nunca falta a vontade de experimentar, vontade de tentar fazer algo novo”, afirmou von Sponeck. Washington “passa de um teste de laboratório para outro e depois de algum tempo [a Síria] continuará sendo uma nação arruinada”, disse.
Estas declarações surgiram depois de Obama ter anunciado na segunda-feira (25) que Washington “instalará mais 250 efetivos norte-americano na Síria, inclusive forças especiais”.