A redução das forças militares russas na Síria foi uma surpresa mas tinha objetivos estratégicos e políticos concretos, diz o analista francês Alain Rodier.
É importante destacar mais uma vez que Vladimir Putin não anunciou a retirada total das forças russas da Síria, porque Moscou não pode deixar Damasco sem assistência militar, escreve Rodier. A retirada total significaria a derrota política e minaria todos os êxitos alcançados.
Moscou e Washington queriam uma transição pacífica de poder mas ninguém quer extremistas à frente do país.
“Na verdade, parece que Vladimir Putin não está pronto para deixar a Síria sem uma presença militar russa. Há rumores de que no verão a Rússia pode enviar o seu único porta-aviões, o Admiral Kuznetsov, para as costas da Síria. Putin pode substituir as aeronaves pelo porta-aviões”, afirma o analista.
Além disso, ele elogiou o papel militar que a Rússia desempenhou na crise síria, dizendo que “Vladimir Putin agiu de forma correta”.
“Na verdade, o envolvimento da Rússia salvou a situação. Apoiadas pelos aviões russos, as forças sírias conseguiram conduzir ataques contra os terroristas em todo país”, disse Rodier.