“Durante 25 anos não podiam explicar por que Marte, se tiver tido oceanos, não tem nenhuma marca de linhas nítidas do litoral que contornassem estes oceanos. O nosso descobrimento dá uma explicação simples: tsunamis frequentes e sedimentos de rochas deformaram o litoral dos oceanos em Marte”, afirmou Alexis Rodrigues, do Instituto de Ciências Planetárias.
Depois do primeiro tsunami, a água voltou para o oceano. Mas o segundo tsunami já aconteceu nas condições climáticas mais frias, e a água se transformou em gelo que cobriu uma parte do litoral.
Segundo os pesquisadores, a água foi saturada de sal, o que pode ser um sinal de vida orgânica.
“Se houvesse a vida em Marte, estes crateras são o melhor local para buscar os sinais biológicos”, disse o coautor da pesquisa, Alberto Feiren.
Os cientistas consideram que os canais feitos pelos tsunamis devem se tornar o objeto de pesquisa das expedições futuras a Marte.