A última rodada de negociações sobre a resolução da crise síria aconteceu em abril deste ano, em Genebra. Ao longo de duas semanas o enviado especial da ONU para o país árabe tentou estabelecer sem sucesso um diálogo direto entre a oposição e as autoridades de Damasco. O Supremo Comitê de Negociações, que representa boa parte da oposição síria, chegou a deixar a mesa de conversações alegando descumprimento de compromissos assumidos por Damasco.
“Acredito ser preciso acelerar o processo diplomático com o objetivo de encontrar uma solução para a crise com Bashar Assad. Nesse ponto, discordo categoricamente de François Hollande, que simplesmente não possui uma boa visão sobre este assunto… Agora, é preciso tomar uma decisão, sentar à mesa de negociações com a Rússia, que tomou a iniciativa para si. E estou feliz por isso, já que ninguém mais o fez, e ao mesmo tempo lamento, já que a França deveria tê-lo feito” – declarou Le Pen em entrevista à RT France.
“Eu as considero [as cooperações] totalmente inconsistentes… O problema, é que essas relações precisam responder a certas exigências, dentre as quais, a recusa completa do financiamento de fundamentalistas islâmicos, que eu apresentaria para a Arábia Saudita. No caso de Qatar, eu defendo o fim das relações diplomáticas com um país que, para dizer o mínimo, tem uma atitude ambivalente em relação ao fundamentalismo islâmico” – destacou Le Pen.