Ancara propõe abertura de segunda frente na Síria

© AP Photo / Raqqa Media CenterFighters from the al-Qaida linked Islamic State of Iraq and the Levant (ISIL) during a parade in Raqqa, Syria
Fighters from the al-Qaida linked Islamic State of Iraq and the Levant (ISIL) during a parade in Raqqa, Syria - Sputnik Brasil
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Ancara propôs aos EUA "unir as forças" no combate contra os terroristas na Síria com uma única condição: os curdos não devem participar, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, à agência France Presse nesta segunda (30).
© AP Photo / Mandel NganO Ministro das Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu
O Ministro das Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu  - Sputnik Brasil
O Ministro das Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu

"Se unirmos forças, eles (os EUA) usarão suas próprias forças especiais, e nós vamos usar as nossas", afirmou Cavusoglu.

"A questão que nós conversamos agora com as autoridades americanas é a possibilidade de fechamento da área da cidade de Manbij para os terroristas e a abertura da segunda frente. A segunda frente deve ser aberta, mas sem a participação do Partido da União Democrática (PYD) dos curdos sírios", acrescentou o diplomata.

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O ministro também disse que as tropas da "segunda frente" podem "facilmente" se direcionar no sentido da cidade de Raqqa, considerada como o capital não oficial do Daesh na Síria.

Agora, o assalto da cidade está sendo realizado pelas forças democráticas da Síria, formadas principalmente por curdos. A ofensiva é apoiada pela coalização liderada pelos EUA, que realiza os bombardeamentos dos territórios, controlados pelos terroristas.

​Recentemente, a Turquia censurou os EUA após a publicação de imagens de soldados americanos com símbolos das Unidades de Proteção Popular curdas (YPG) nos seus uniformes. Numa conferência internacional, o ministro disse que “é inaceitável” que os soldados americanos usem símbolos da YPG, considerada por Ancara como uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Os EUA apoiam os curdos no norte da Síria porque consideram que eles estão lutando contra os militantes do grupo Daesh (proibido na Rússia). Ancara criticou várias vezes Washington por apoiar o PYD, que as autoridades turcas consideram ligado com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), proibido na Turquia. O presidente Erdogan chamou mesmo os Estados a fazer uma escolha entre a Turquia e o PYD.

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