O Congresso dos EUA está considerando a possibilidade de estabelecer um órgão especial para acompanhar as atividades de agentes secretos russos, semelhante ao modelo do grupo de trabalho que existia durante a Guerra Fria, informa o site BuzzFeed News, citando suas fontes no serviço de inteligência dos EUA.
As tarefas da nova estrutura devem incluir, além da divulgação de agentes, o controle sobre o cumprimento das regras de circulação por diplomatas russos nos Estados Unidos, diz o site.
Tal explosão emocional pode ser parcialmente explicada pela campanha presidencial, segundo o pesquisador do Instituto de Ralações Internacionais Leonid Gusev.
"Eu acho que tudo isto é feito na véspera da campanha eleitoral. Embora, por outro lado, muitas forças na elite nos EUA têm esta reação à Rússia. Há aqueles que querem se comportar de forma neutra e há esses falcões. Esta tendência permaneceu ao longo das nossas relações", recordou Gusev.
É pouco provável que chegaremos a dificuldades sérias para os diplomatas russos nos EUA, disse ele.
"Não acho que seja algo bastante significativo. Mesmo nos anos mais difíceis da Guerra Fria as relações diplomáticas com os EUA permaneciam no mais alto nível e a nossa embaixada em Washington é uma dos maiores. Mas não podemos excluir quaisquer "picadelas". Por exemplo, eles podem “minar” alguns dos nossos diplomatas. Isso já aconteceu nos anos 80", disse Leonid Gusev.
"Muitas vezes, os EUA usam a política externa como um poderoso trunfo pré-eleitoral e, também muitas vezes, é uma questão de atitude para com a Rússia. Não é surpreendente. Afinal, a Rússia é a segunda potência militar. Mas depois, quando um novo governo for formado, recomeçará a política real. A retórica será suavizada e a cooperação irá continuar. Afinal de contas, ninguém quer voltar à situação da Guerra Fria, na forma em que ela existiu depois de 1946, pois exige enormes gastos. Então, eu acho que as relações continuarão se desenvolvendo", disse Leonid Gusev.