Segundo o Eduardo Paes, está faltando comando do Governo do Rio para garantir o policiamento na cidade.
“Está no limite. Está faltando um mínimo de comando, para que a gente dê uma cessada. Não pode virar esse desmando de insegurança no Rio. E não venha me dizer que isso é problema social, porque problema social tem em São Paulo, Recife, Belo Horizonte e nós não vemos isso. Nós esperamos das forças policiais do Estado é que cumpra com usa obrigação, ao menos essa obrigação.”
O Prefeito do Rio criticou ainda as declarações feitas pelo Secretário Estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira de que o Estado está com dificuldades para manter as unidades hospitalares em funcionamento, e que as emergências podem fechar as portas novamente às véspera dos Jogos. Segundo Eduardo Paes, o Estado precisa tomar vergonha na cara e aprender a gerenciar custos.
"Eu acho que quem fizer isso depois dessa ajuda federal é melhor ir embora pra casa, melhor se demitir, sair fora, pedir o boné e ir embora. Não é possível. Acho que já deu ponto. O estado já passou muita responsabilidade para o município, recebeu dinheiro do governo federal, tá na hora de fazer gestão, tomar vergonha na cara e cumprir com as suas obrigações. É um absurdo um secretário dizer isso a essa altura do campeonato. Que hospital que ele tem, ele tem o que hoje na cidade do Rio de Janeiro? Vai aprender a gerenciar, vai economizar custo.”
Nesta segunda-feira (4), o Governo do Estado do Rio começou a usar a verba de R$ 2,9 bilhões liberada pelo Governo Federal, e que vai ser utilizada na segurança do Rio de Janeiro durante a Olimpíada.
Há 17 dias o Governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles decretou estado de calamidade pública no Rio, por conta da crise financeira. Na ocasião, Dornelles disse que a crise afetaria a segurança durante os Jogos Rio 2016.
Com a verba em caixa, o Governo do Rio começou a pagar nesta segunda-feira (4), a segunda parcela dos salários atrasados e benefícios de maio dos servidores ativos, inativos e pensionistas da área de segurança, incluindo os policiais militares e civis, os bombeiros e servidores da administração penitenciária.
De acordo com o governador em exercício, Francisco Dornelles, a prioridade é com os servidores, por isso o Estado vai começar a utilizar os recursos do Governo Federal com eles. Dornelles garantiu ainda que, “com a verba enviada ao Rio pelo presidente interino Michel Temer e com o empenho das polícias militar e civil, vamos ter as Olimpíadas mais seguras da história.”
Segundo o Governo do Rio, os recursos doados pelo Governo Federal também vão garantir a folha de pagamento de junho, a RAS – Regime Adicional de Serviço ainda pendentes, além da RAS olímpica, no valor de R$ 43 milhões para 3 mil policiais que vão trabalhar durante os Jogos, entre julho e setembro, e da premiação do 1º semestre de 2015 do Sistema Integrado de Metas (SIM). Já a premiação do Sistema Integrado de Metas relativa ao 2° semestre de 2015 será paga na folha de agosto, no décimo dia útil de setembro.
Mesmo com a retomada do pagamento dos benefícios, um grupo de Policiais Civis do Rio fez na manhã desta segunda-feira (4) um novo protesto no Aeroporto Internacional Tom Jobim contra o atraso nos salários. Os Policiais mais uma vez estenderam para os passageiros que chegavam de voos internacionais no Terminal 2 do aeroporto a faixa em inglês com os dizeres “Bem-vindo ao inferno. A polícia e os bombeiros não receberam pagamento, quem vier para o Rio de Janeiro não estará seguro."