O economista também disse que as reservas da Alemanha constituem aproximadamente 3400 toneladas de ouro, que é a segunda maior quantidade no mundo (depois dos EUA).
Será interessante recordar que os EUA tinham anteriormente, no ano de 2014, recusado não apenas devolver o ouro alemão, mas inclusive recusaram permitir uma avaliação das reservas alemãs em Nova York. O fundador do movimento alemão "Devolva nosso ouro!" Piter Beringer julga que naquele tempo a situação foi muito estranha:
"Até hoje não temos nenhuma alusão de que nosso ouro ainda esteja nos depósitos de Nova York. Por exemplo, não foi publicada a lista com os números seriados das barras de ouro, enquanto existe a mesma lista com os números do ouro americano".
Mas no ano passado a situação se tornou um pouco melhor. Segundo os dados de Deutsche Welle, o Banco Federal da Alemanha já recuperou 210 toneladas de ouro dos EUA.
As razões possíveis para isso são um enfraquecimento da influência dos EUA e do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos e o fortalecimento da independência alemã. Mas 210 toneladas constituem apenas 6,2% de todas as reservas. E, segundo o plano divulgado, até 2020 devem ser devolvidas 700 toneladas, o que equivale a somente 20,5%.
Um ex-assessor do ministro das Finanças dos EUA escreveu no artigo "The Entire U.S. Gold Hoard Is Now Gone" que "<…> ninguém vai devolver o vosso ouro. <…> Os EUA têm gasto suas próprias reservas e agora começaram gastando as reservas estrangeiras que mantêm. <…> A maioria das reservas foi esgotada no ano de 2011".
Pode ser que não haja nada para devolver? Será que as manchetes “Alemanha recupera suas reservas de ouro” são só uma campanha de promoção dos políticos europeus?