"Assim que o parlamento anunciou na televisão a renúncia do ministro Al-Obeidi, os rebeldes começaram a gritar 'Allahu Akbar' e felicitar uns aos outros pela notícia", disseram testemunhas oculares.
Khaled al-Obeidi é considerado uma das principais figuras na luta contra o Daesh, visto que sob a sua liderança que as forças iraquianas asseguraram a vitória em Ramadi, Fallujah, Al-Kiyara, Rutbah e outros locais onde o exército iraquiano derrotou militantes do Daesh.
Em entrevista à agência Sputnik, o membro do Comitê de Segurança e Defesa do Iraque, Adnan Al-Shamkhani, afirmou que a renúncia do ministro da Defesa não vai afetar o sucesso das operações em Mosul, pois existe há um centro de coordenação operacional militar que dirige as operações. Segundo ele, "o ministro da Defesa pode ser um membro da câmara de compensação como pode não ser. Assim, o sucesso da operação depende destes centros".
Já o chefe do grupo de centros de pesquisa política de Bagdá, Al-Hashimi Uasik, falou à Sputnik que 'o cargo de ministro da Defesa não é só formal'. "Ele pode não ter grande autoridade para gerir a operação em Mossul, mas certamente é o líder informal das Forças Armadas para muitas unidades no Iraque, e ele teve uma grande influência sobre a moral das estruturas de segurança", observou.
Segundo o especialista, "a renúncia do ministro da Defesa do país só vai complicar uma crise política já confusa".