A guerra pelo brilho: Rússia aumenta competição no mercado de diamantes

© Sputnik / Aleksei BoitsovDiamantes extraídos na república de Yakútia, Rússia (foto de arquivo)
Diamantes extraídos na república de Yakútia, Rússia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A empresa russa Alrosa, a maior diamantífera do mundo, planeja dobrar as suas vendas de pedras preciosas para a China e o Japão até 2020. Segundo o economista russo Anton Shabanov disse à Sputnik, isso pode levar a uma guerra no setor.

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A Alrosa planeja dobrar a venda de diamantes brutos e trabalhados para a China e o Japão através de sua plataforma de comércio em Vladivostok até 2020, até 12 bilhões de rublos ($185 milhões), segundo o vice-presidente da empresa, Rinat Gizatulin.

Segundo especialistas, no longo prazo o volume de comércio através da nova plataforma pode aumentar até dezenas de bilhões de rublos por ano.

O economista Anton Shabanov disse à Sputnik que a ideia é muito atrativa porque este mercado não é limitado em termos de volume, especialmente na China.

Afirmou também que a empresa sempre soube que a China é um cliente muito prometedor. O país já está comprando pedras preciosas no Oriente Médio, onde há uma bolsa de diamantes.

"Quando a Rússia entrar neste mercado com a sua nova plataforma, isso levará a guerras comerciais e econômicas porque os maiores atores na região, com certeza, lutarão por manter os seus clientes na bolsa de diamantes", disse Shabanov à Sputnik.

Explicou que a empresa tomou esta decisão porque entende que este mercado não é estável e pode oferecer à China uma forma de capitalizar em uma plataforma que é mais próxima, mais abrangente e acessível.

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É muito provável que a China queira poupar dinheiro e fazer comércio com a Rússia em vez de trazer diamantes de locais distantes.

O especialista também disse que, primeiramente, a competitividade do preço dos produtos será um fator importante, mas que, depois, deixará de ser, visto que um preço baixo levará a baixo lucro da empresa.

Shabanov notou que, apesar de que a Alrosa é um dos maiores atores no mercado de diamantes, a China não estabeleceu contatos permanentes com ela, comprando diamantes a muitos países.

No entanto, há a possibilidade de, se o país escolher um fornecedor principal,  ter condições mais favoráveis devido ao grande volume de vendas.

Este produto está em demanda porque não é somente a indústria de joias que compra toneladas de diamantes, mas também as empresas de altas tecnologias. Por exemplo, os diamantes são necessários para a produção de lasers.

Como a indústria de lasers se desenvolve de forma rápida, bem como outras tecnologias, o mercado está crescendo, disse Shabanov.

Recentemente, a Alrosa anunciou que vai abrir uma sucursal em Vladivostok, perto de fronteira com a China. O seu objetivo principal é aumentar as vendas nos países da Ásia-Pacífico e melhorar a cooperação com empresas da região. A sucursal servirá também para recolher informações sobre a região e os interesses das suas empresas.

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Além disso, a Alrosa pretende encontrar novos parceiros potenciais e investidores. Na semana passada, a empresa abriu um leilão de diamantes raros com peso de mais de 10 quilates, nas vésperas do Fórum Econômico do Oriente, marcado para 2-3 de setembro em Vladivostok.

Segundo a empresa, no total serão postos à venda 19 diamantes com o peso total de 1.098 quilates. O maior diamante tem o peso de 401,9 quilates. Ao mesmo tempo, será realizado um leilão de 28 diamantes trabalhados.

Esta é a primeira vez que Vladivostok acolhe tal evento comercial. Mais de 30 empresas de Hong Kong, Israel, Índia, EUA, Bélgica e a Rússia planejam participar do leilão.

No futuro, planeja-se abrir um Centro Euroasiático de Diamantes em Vladivostok. Este será instalado no velho edifício do aeroporto.

Segundo a empresa, o novo centro deve começar a funcionar em 2017.

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