Segundo ele, "o discurso de despedida do presidente norte-americano, Barack Obama, na Assembleia Geral da ONU não foi bem recebido, porque ele se dedicou a ridicularizar a Rússia na ordem unilateral, enquanto na realidade os fatos não correspondem aos eventos".
Na opinião do especialista, os EUA foram responsáveis pela mudança do regime na Ucrânia e derrubada do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich.
Segundo ele, "a grande parte dos habitantes da Ucrânia, principalmente na região leste, são russófilos e russófonos" que já vinham demonstrando interesse de se aproximar do seu grande vizinho do Oriente.
O especialista revelou que o recente vazamento de dados indica que o especulador financeiro dos EUA, George Soros, é responsável por ter financiado o conflito na Ucrânia.
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— Sott.net Español (@SOTTnetES) 25 сентября 2016 г.
Jalife-Rahme destaca que a Crimeia é uma "questão essencial para Rússia" por ter saída para os mares Negro e Mediterrâneo.
Todos os acontecimentos passados demonstram que a Rússia não quer permitir a repetição do cenário de 2008 na Geórgia.
"Não estão entendendo que a Rússia não aceitará humilhações que a União Soviética sofreu na época de Gorbachev e Yeltsin", disse.
Além disso, durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Obama apresentou uma versão da situação na Síria e no Iraque que "não corresponde à realidade".
Segundo ele, os países RIC (Rússia, Índia e China) são os principais alvos dos jihadistas porque a população muçulmana nestes países é significativa. Por exemplo, na Rússia 20% dos residentes são muçulmanos.
"Em termos geográficos, a população russa não apresenta mudanças quanto à taxa de natalidade, enquanto a natalidade islâmica está crescendo", salienta.
De acordo com ele, "todas estas situações que levaram à criação do grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países), contribuíram ao que está acontecendo agora na Síria, onde se juntam vários fatores", como por exemplo, as guerras de oleodutos providos do Iraque, Irã, Qatar e Arábia Saudita e cujo objetivo é a saída para o mar Mediterrâneo através da costa leste da Síria.
"A Rússia precisa se defender nesses territórios, pois o jihadismo ameaça desestabilizar os países RIC", conclui.
Ao mesmo tempo, segundo Jalife-Rahme, o discurso de Obama na Assembleia Geral da ONU foi "falso e muito hipócrita".
"Os EUA deixam o caos por onde passam de propósito, pois eles controlam esse caos da Wall Street e de Washington", diz o especialista.
Ele acredita que "os EUA devem discutir a nova ordem mundial com a Rússia, que possui número até maior de ogivas nucleares, e com a China que se transformou em uma superpotência econômica".
Ele frisa que "aquele período os EUA fizeram cair os preços de petróleo, afetando a situação financeira da URSS". De acordo com o especialista, o mesmo aconteceu em 2014 e 2015 quando o rublo foi golpeado e preços do petróleo sofreram uma queda.
Por sua parte, ressalta Jalife-Rahme, em 2015 a China teve que gastar um bilhão de dólares das suas reservas para parar a "guerra especulativa" chefiada pelo economista George Soros, responsável pelo abalo político e econômico dos últimos anos.
Segundo o especialista, o objetivo final dos EUA foi obter "mão-de-obra muito barata" para tirar proveito das dificuldades econômicas enfrentadas por vários países, entre eles, países da América Latina.
"Estamos vivendo uma guerra financeira terrível", conclui Jalife-Rahme.
A entrevista completa de Alfredo Jalife-Rahme ao programa GPS Internacional da Rádio Sputnik está disponível na página da publicação "Alfredo Jalife-Rahme: jihadismo está destinado a desestabilizar a Rússia, Índia e China".