"Na minha opinião, o Pentágono estava totalmente contra isso. Tinham o seu próprio interesse burocrático em não desenvolver a cooperação com a Rússia, o que é extremamente importante para eles. A razão é que eles estão no que chamam uma nova Guerra Fria com a Rússia e estão recebendo muito dinheiro do Congresso com base nisso", disse ao RT Gareth Porter, jornalista investigativo. "Assim, não querem que essa ideia promissora seja desafiada pela ideia de estreita cooperação militar com a Rússia na Síria".
"Penso que Kerry seguia ordens do Presidente sobre isso. É claro que o presidente Obama tem sido fiel à cooperação com a Rússia como o principal aspeto da estratégia norte-americana na Síria nos últimos anos", notou Porter.
Por seu turno, o Pentágono tentou arruinar esta estratégia em 2016, acrescentou.
"O Departamento de Estado e o Presidente Obama realmente querem ver progresso na Síria, enquanto o Pentágono fez tudo o que podia para sabotar a assinatura do acordo", disse ao jornal russo Vzglyad.
O analista também disse que a situação na Síria entrou em um beco sem saída. Na sua visão, isso não se refere a Lavrov e Kerry mas ao equilíbrio de poderes existente, que chamou de "típico dos conflitos deste tipo".