Samir Aita, membro do partido da oposição Fórum Democrático da Síria, compartilhou com a Sputnik Internacional:
"A intervenção direta russa impulsionou em massa a aceleração do apoio americano às forças que combatem o Daesh: o exército iraquiano, as Forças de Peshmerga curdo-iraquianas e a PYD [Partido da União Democrática Curda] síria. Então, mesmo não havendo uma cooperação oficial intensa entre a Rússia e os EUA, a intervenção russa marcou o início do real esforço internacional para deter a expansão do Daesh."
Durante a realização da operação, nasceram as chances de pôr fim ao domínio do Daesh nos territórios do Iraque e de enfraquecer as posições de jihadistas na Síria, sublinhou Aita.
A coalizão liderada pelos EUA é composta por mais de 60 nações e vem realizando ataques aéreos na Síria e no Iraque desde 2014. Os bombardeios na Síria, realizados pela coalizão, não são autorizados pelo governo legítimo do presidente Bashar Assad e tampouco pelo Conselho de Segurança da ONU.
A Força Aeroespacial da Rússia, por pedido oficial de Bashar Assad, vinha realizando a operação aérea na Síria desde 30 de setembro do ano passado.
Em março, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o início de retirada dos militares russos da Síria, argumentando que, de maneira geral, os objetivos definidos tinham sido cumpridos.
Além disso, Putin solicitou que os esforços diplomáticos fortaleçam para que o acordo de paz no país árabe seja alcançado.