A série de declarações feitas pelo primeiro-ministro, seu gabinete e Conselho de Segurança Nacional, foi uma resposta ao material de um dos canais de televisão locais. Este disse que o advogado, cujos serviços são usados por Netanyahu, tinha entre seus clientes o empresário israelense que representa o fabricante dos submarinos que Israel pretende adquirir.
"A única coisa pela qual o chefe de governo se orientou foi o desejo de reforçar Israel com navios estratégicos, necessários para tornar mais seguro o nosso futuro. Todas as suposições sobre a existência de outros motivos que influenciassem a decisão da compra de submarinos são falsas e não têm fundamento", diz uma das declarações da chancelaria de Netanyahu.
"Do fato de que (o advogado David) Shimron representava também o empresário ligado ao projeto de equipamento da marinha, ele se apercebeu… quando o Décimo Canal lhe pediu para comentar. Todas as pessoas do círculo do primeiro-ministro, incluindo Shimron, sabem que ele proíbe da forma mais rigorosa discutir seus assuntos de negócios com ele", diz um comunicado de imprensa.
O site do jornal Jerusalem Post escreve que o procurador-geral de Israel e consultor jurídico do governo, Avichai Mandelblit, pediu ao promotor público Shai Nitzan para verificar o negócio com a Alemanha para detectar se há um conflito de interesses. Com a mesma finalidade, a oposição apresentou a iniciativa da criação de uma comissão parlamentar especial, relata a mídia local. O ex-ministro da Defesa, Moshe Yaalon, escreveu em redes sociais que quando ele estava no governo se opôs à aquisição de novos submarinos e também se pronunciou por uma verificação.
Neste momento a frota de submarinos de Israel consiste de cinco submarinos diesel-elétricos da classe Dolphin de fabricação alemã, esperando receber o sexto, que será fornecido de acordo com contratos já assinados. Os três submarinos novos, de acordo com relatos da mídia, são destinados a substituir os navios que vão ser retirados da Marinha devido a sua idade.