Jornal Politico revela por que Assad está vencendo na Síria

© Sputnik / Mikhail Voskresenskiy / Acessar o banco de imagensCartazes com o retrato do presidente sírio, Bashar Assad, junto ao centro de autotreinamento perto de Damasco
Cartazes com o retrato do presidente sírio, Bashar Assad, junto ao centro de autotreinamento perto de Damasco - Sputnik Brasil
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Um dos fatores-chave que garantiu o apoio da maioria significativa da população ao presidente sírio, Bashar Assad, ao longo da guerra civil, foi a sua competente política interna, diz o correspondente do jornal Politico, Barack Barfi, que visitou Aleppo.

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O autor frisa as diferenças entre a abordagem de Bashar Assad e a do líder líbio Muammar Kadhafi, em relação às relações com os habitantes dos territórios invadidos. Em 2011, quando Kadhafi perdeu o controlo da parte Leste do país, o líder cortou qualquer tipo de acesso aos bens de civilização para os habitantes das respectivas regiões, cessando o funcionamento dos operadores de telefonia e de todos os serviços governamentais. O autor afirma: Assad escolheu outro caminho.

A abordagem do líder sírio tem visado conquistar a simpatia de várias camadas da população, diz Barfi. A maior parte dos civis, mesmo daqueles que viveram nos territórios não controlados pelo governo, tem recebido salários e tido acesso à agua e eletricidade.

Foi por esta razão que o governo conseguiu garantir o apoio das camadas mais desfavorecidas e até marginais da Síria. Os empresários, por sua vez, manifestaram seu apoio a Assad pelo fato da eventual vitória de rebeldes ameaçar seus negócios e lucros.

Já nas regiões ocupadas, as usinas têm sido destruídas, todo o equipamento de qualquer valor tem sido transferido para a Turquia, onde é comprado pelos empresários locais a preços de dumping [inferiores ao preço de custo].

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É evidente que, segundo diz o autor, os aliados do Exército sírio — curdos, milícias xiitas apoiadas pelo Irã, agrupamento Hezbollah, claro, a Força Aeroespacial russa — desempenham um papel significativo nos sucessos de Assad.

Entretanto, também não se pode negar que o governo sírio fez tudo o possível para preservar ao menos uma aparência de estabilidade para a maior parte da população do país, destaca o jornalista do Politico.

Ao longo do conflito sírio que começou em 2011, as tropas do governo apoiadas pela Rússia (a partir de 2015) resistem a vários grupos armados. Considera-se que os agrupamentos mais ativos são o Daesh e a Frente al-Nusra (que mudou de nome para a Frente Fatah al-Sham). O conflito já trouxe mais de 300 mil vítimas, sendo que metade da população síria (21 milhões) foi obrigada a deixar suas casas.

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