A abordagem do líder sírio tem visado conquistar a simpatia de várias camadas da população, diz Barfi. A maior parte dos civis, mesmo daqueles que viveram nos territórios não controlados pelo governo, tem recebido salários e tido acesso à agua e eletricidade.
Foi por esta razão que o governo conseguiu garantir o apoio das camadas mais desfavorecidas e até marginais da Síria. Os empresários, por sua vez, manifestaram seu apoio a Assad pelo fato da eventual vitória de rebeldes ameaçar seus negócios e lucros.
Já nas regiões ocupadas, as usinas têm sido destruídas, todo o equipamento de qualquer valor tem sido transferido para a Turquia, onde é comprado pelos empresários locais a preços de dumping [inferiores ao preço de custo].
Entretanto, também não se pode negar que o governo sírio fez tudo o possível para preservar ao menos uma aparência de estabilidade para a maior parte da população do país, destaca o jornalista do Politico.
Ao longo do conflito sírio que começou em 2011, as tropas do governo apoiadas pela Rússia (a partir de 2015) resistem a vários grupos armados. Considera-se que os agrupamentos mais ativos são o Daesh e a Frente al-Nusra (que mudou de nome para a Frente Fatah al-Sham). O conflito já trouxe mais de 300 mil vítimas, sendo que metade da população síria (21 milhões) foi obrigada a deixar suas casas.