Finlândia anuncia condição para abolição das sanções antirrussas

Juha Sipila, citado pela emissora finlandesa Yle, disse:

"O levantamento das sanções é possível só com a aprovação unânime da UE e isso não acontecerá até que os Acordos de Minsk sejam cumpridos".

O político finlandês está cético quando à possível abolição das sanções por uma razão principal — a ausência de progresso no cumprimento dos Acordos de Minsk.

Em 11 e 12 de fevereiro de 2015 na capital bielorrussa foi realizado o encontro do assim chamado quarteto da Normandia, durante o qual os líderes da Alemanha, Rússia, França e Ucrânia assinaram os chamados Acordos de Minsk, que determinam uma série de condições para acabar com o conflito no leste da Ucrânia, incluindo a retirada de tropas e o cessar-fogo completo em Donbass. Desde então, no entanto, os representantes de Donetsk e Lugansk têm repetidamente declarado que Kiev viola os acordos.

Apesar de tratar-se de um conflito interno, Kiev e o Ocidente exigem que a Rússia também cumpra os Acordos de Minsk, acusando Moscou de apoiar os independentistas de Donbass e de interferir nos assuntos internos da Ucrânia. O Kremlin, no entanto, garante que não tem qualquer envolvimento na crise interna ucraniana e que está totalmente interessado numa resolução pacífica do conflito no país vizinho.

Em resposta às sanções econômicas europeias, a Rússia decretou um embargo aos produtos agrícolas de países que adotaram sanções contra o país. Nos finais de novembro o presidente russo Vladimir Putin declarou que as medidas recíprocas do país sob a forma de um embargo devem durar " maior tempo possível".

Além disso, as sanções econômicas introduzidas pelo lado ocidental contra a Rússia já provaram que causam grande influência negativa na própria União Europeia.