Segundo disse o ministro, do Partido Liberal, ao jornal Berlingske, ele está primeiramente preocupado com a "ameaça dupla" que a Rússia alegadamente representa, que inclui quer ameaças físicas quer virtuais.
De acordo com Frederiksen, a ameaça "física" é a presença de sistemas de mísseis Iskander na região russa de Kaliningrado, que potencialmente poderão atingir a capital dinamarquesa Copenhague.
Para conter a suposta ameaça, que parece muito real para o político, ele sugeriu que o país se proteja de ataques de hackers que, segundo ele, estão prontos para atacar a infraestrutura da Dinamarca, como hospitais e redes de abastecimento de eletricidade, e "espalhar o medo e a insegurança entre a população dinamarquesa".
As declarações de Claus Hjort Frederiksen já provocaram uma onda de ceticismo entre os políticos do país. A porta-voz militar do Partido Popular Dinamarquês, Marie Krarup, classificou o político como "histérico", dizendo que a Rússia continua apenas o processo de modernização do seu exército.
"Deve ser histérico para chamar isso de ameaça real. A Rússia só é comparável com o Ocidente em relação às armas nucleares e só nisso," declarou Krarup ao Berlingske.
"As declarações de Hjort são propaganda clara. O ministro precisa de dinheiro e, por isso, ele cria uma imagem assustadora da Rússia como uma ameaça séria que está chegando do oriente", opinou a jornalista russo-dinamarquesa Larisa Solodchenko no ar do canal de TV TV2.
Em 2017 as despesas militares da Dinamarca deverão ser cerca de 21 bilhões de coroas dinamarquesas (cerca de 3 bilhões de dólares). Ao mesmo tempo, 2% do PIB do país equivale a 41 bilhões de coroas (cerca de 6 bilhões de dólares), o que mostra a clara disparidade com o atual nível de gastos.