Segundo ele, até agora o aparelho tripulado chinês que alcançou maior profundidade foi o Jiaolong, atingindo 7062 metros em 2012. Após isso, o aparelho não-tripulado Haidou-1, pertencente à Academia de Ciências da China, chegou até aos 10.767 metros de profundidade em agosto de 2016.
Kashin destaca que a China é um dos cinco países (além dos EUA, Rússia, França e Japão) com capacidade para construir módulos submersíveis que descem a mais de 6 mil metros.
A China desenvolve aparelhos submersíveis desde os anos de 1980, e desde os anos de 1990 fá-lo com participação ativa da Rússia. Por exemplo, o Jiaolong foi resultado da parceria entre a corporação chinesa CSIC, o Instituto Central de Pesquisas Acadêmico Krylov e o estaleiro de construção naval do Báltico.
Kashin explica que a China considera prioritário desenvolver aparelhos submersíveis de grande profundidade para fortalecer o prestígio nacional, obter mais capacidades para explorar o fundo marítimo e realizar novas pesquisas neste campo. Além disso, tais tecnologias poderão ter importância em termos militares, acrescenta.
Por seu turno, os EUA também possuem aparelhos submersíveis de grande profundidade instalados no submarino USS Jimmy Carter da classe Seawolf.
Assim, o especialista russo conclui que os preparativos da China para dominar no Pacífico vão requerer investimentos consideráveis em aparelhos deste tipo. O país poderá ganhar essa experiência através da criação de aparelhos científicos e industriais.