Os primeiros conceitos da próxima geração de caças surgiram há dois anos, recorda o perito militar Kris Osborn no seu artigo. A empresa americana Northrop Grumman, criadora do caça-bombardeiro furtivo B-2 Spirit, assim como a famosa Boeing, revelaram os primeiros detalhes dos seus projetos preliminares:
Na Rússia "responderam" com seus próprios vazamentos de ideias para o sucessor do T-50, dado que em muitos aspetos os engenheiros dos dois países coincidiram, ressalta a National Interest.
Particularmente, ambas as partes reconhecem a importância da alta velocidade, das tecnologias furtivas e da capacidade de levar a cabo operações de guerra eletrônica.
Ademais, se trata também da capacidade de efetuar voos não tripulados e da presença de alguma forma de inteligência artificial.
Now with the updated photo: Check out Boeing's latest graphic for @usairforce next-gen fighter concept (/F-X/PCA/6th gen) h/t @BoeingDefense pic.twitter.com/Py7fEl8mS4
— Lara Seligman (@laraseligman) 1 de novembro de 2016
O futuro avião americano, por exemplo, deverá substituir os caças F/A-18 SuperHornet, que deverão ser retirados de serviço em 2035, e completar a esquadra existente dos F-35C e EA-18G Growler — geradores voadores de interferências radioeletrônicas.
A Marinha dos EUA considera o ano de 2040 como o início da instalação dos caças de 6ª geração com capacidade de funcionamento não tripulado.
One of Lockheed's proposed 6th gen fighters #military pic.twitter.com/UkqHfs6UT8
— The Armed Forces (@The_ArmedForces) 3 de abril de 2014
Que tecnologias serão as mais importantes?
Para além da "lista de padrões" mencionada — alta capacidade de manobra, capacidade de guerra eletrônica e elementos de inteligência artificial — os analistas destacam 4 tecnologias-chave que se espera implantar nos caças do futuro, afirma o autor.
"Supercruzeiro", ou seja, a capacidade de alcançar a velocidade supersônica sem pós-queimadores. Embora a maioria dos caças contemporâneos seja capaz de superar a velocidade do som, eles são obrigados a usar pós-queimadores, gastando mais combustível e diminuindo o período máximo que podem operar na zona de combate.
Com um "supercruzeiro", a capacidade de manobra e flexibilidade tática do avião crescem consideravelmente. Somente três caças modernos possuem esta capacidade: o avião americano F-22 Raptor e os russos Su-35BM e T-50, que atualmente utilizam o mesmo motor.
A "conectividade máxima", que consiste em usar em tempo real enormes volumes de dados, provenientes tanto dos próprios sensores do avião como dos radares e dos satélites, para detectar inimigos, apontar as armas ou cooperar eficazmente com outros aviões da esquadrilha.
A tecnologia hipersônica, que deverá estar pronta dentro de alguns anos. Enquanto os especialistas da Força Aérea dos EUA preveem a incorporação de aeronaves hipersônicas — em forma de drones — não antes de 2030-2040, os analistas consideram que a produção de armas hipersônicas americanas está planejada para a década de 2020.
Deste modo, os caças de 6ª geração poderão portar mísseis hipersônicos. Isto, todavia, não está garantido, adverte o autor, já que "alguns demonstradores tecnológicos funcionarão e outros fracassarão".
Finalmente, os aviões do futuro terão uma "fuselagem inteligente".
Este é um conceito que prevê a integração de sensores e outros equipamentos dentro da fuselagem da aeronave e a gestão ativa destes dados. Se usa para proporcionar ao piloto uma informação mais ampla sobre o funcionamento do avião e as possíveis ameaças.
Entre os exemplos existentes desta tecnologia se pode mencionar os capacetes de realidade virtual para os pilotos, que reúnem os sinais de vídeo de várias câmeras externas para proporcionar uma visão de 360 graus.
É por isso os aviões furtivos existentes têm um design diferente em comparação com as gerações anteriores: seus radares, sensores e inclusive armamentos estão colocados no interior da fuselagem.
Com tantos fatores para considerar e tecnologias para desenvolver, os aviões da 6ª geração se convertem proximamente na "ponta de lança" da indústria aeronáutica, sendo que os aviões que hoje consideramos como os mais avançados do mundo se converterão em algo corrente.