Ex-almirante turco: EUA querem regressar à situação da Guerra Fria

© AFP 2023 / JIM WATSONO novo presidente dos EUA Donald Trump na Casa Branca, Washington, 20 de janeiro de 2017
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De acordo com o contra-almirante aposentado da Marinha da Turquia Soner Polat, a exigência da administração norte-americana de aumento dos gastos militares nos países da OTAN é um instrumento de pressão.

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Os EUA querem reforçar suas posições através da pressão sobre os países da OTAN, acredita Polat.

"O desejo dos EUA que os países da OTAN aumentem o orçamento militar é condicionado, primeiro, pela convicção de Washington que países como a Noruega, que tinham reforçado seu nível de vida no contexto de uma defesa assegurada pela OTAN, devem pagar por isso e, segundo, pelo desejo dos EUA de terem atrás de si o apoio de um bloco confiável como a OTAN no caso de os EUA entrarem em um conflito com a China ou com qualquer outra potência", acrescentou Polat à Sputnik Turquia.

Segundo Polat, vários países da Europa, incluindo a Alemanha e França, se manifestaram contra o aumento, outros países, como Holanda ou Polônia, se comportaram mais moderadamente.

"O objetivo principal dos EUA é ganhar apoio no domínio político e militar. Para isso, os EUA utilizam um instrumento de pressão tão simbólico como o orçamento militar", adiantou Polat.

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De acordo com ele, se Trump puder determinar sua própria estratégia, ele realizaria uma política mais moderada e orientada mais para as questões internas. Mas o governo dos EUA forçou Trump a acompanhar o discurso político da administração anterior na política externa. Por isso Trump teve que reforçar a pressão, acredita Polat.

"Tudo isso está ligado ao fato de os EUA quererem regressar à situação do período da Guerra Fria. Mas o Ocidente resiste", frisou o ex-contra-almirante da Marinha da Turquia Soner Polat.

O entrevistado adiantou que esta situação não é nova, isso está acontecendo ao longo dos últimos 20-30 anos. A ideia dos EUA, de acordo com Polat, é de reforçar a tensão, fazer Rússia se confrontar com a OTAN. Assim os EUA tentam reforçar suas posições perante a Europa nas questões da política global no domínio político e militar.

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