"O desejo dos EUA que os países da OTAN aumentem o orçamento militar é condicionado, primeiro, pela convicção de Washington que países como a Noruega, que tinham reforçado seu nível de vida no contexto de uma defesa assegurada pela OTAN, devem pagar por isso e, segundo, pelo desejo dos EUA de terem atrás de si o apoio de um bloco confiável como a OTAN no caso de os EUA entrarem em um conflito com a China ou com qualquer outra potência", acrescentou Polat à Sputnik Turquia.
Segundo Polat, vários países da Europa, incluindo a Alemanha e França, se manifestaram contra o aumento, outros países, como Holanda ou Polônia, se comportaram mais moderadamente.
"O objetivo principal dos EUA é ganhar apoio no domínio político e militar. Para isso, os EUA utilizam um instrumento de pressão tão simbólico como o orçamento militar", adiantou Polat.
"Tudo isso está ligado ao fato de os EUA quererem regressar à situação do período da Guerra Fria. Mas o Ocidente resiste", frisou o ex-contra-almirante da Marinha da Turquia Soner Polat.
O entrevistado adiantou que esta situação não é nova, isso está acontecendo ao longo dos últimos 20-30 anos. A ideia dos EUA, de acordo com Polat, é de reforçar a tensão, fazer Rússia se confrontar com a OTAN. Assim os EUA tentam reforçar suas posições perante a Europa nas questões da política global no domínio político e militar.