Julgando pelos dados publicados no site de encomendas públicas americanas, Washington está à procura de sociedades para assumir o serviço logístico de seus navios militares em portos estrangeiros.
Deste modo, as empresas controladas pelos EUA, deverão "fornecer aos navios produtos de qualidade e serviços por ocasião da sua entrada nos portos estrangeiros no prazo estabelecido".
Entretanto, foi indicado que esta proposta não se trata de "empresas autorizadas para conduzir as atividades comerciais" nos respectivos países.
Embora a legislação russa aprove a entrada de navios militares estrangeiros em seus portos após recebimento de autorização oficial, o presidente da União de Cientistas Geopolíticos, Konstantin Sivkov, citado pelo portal RT, opina que este passo significaria uma tentativa de controlar os portos marítimos russos por parte dos EUA.
O especialista em assuntos militares e diretor comercial da revista de análise russa Arsenal Otechestva, Aleksei Leonkov, sublinha também a necessidade de adquirir uma autorização oficial.
"Sim, é possível, por exemplo, se a Rússia acordar em instalar no seu território um centro logístico. Mas sem a confirmação oficial de Moscou, tal iniciativa seria considerada uma ingerência violenta na soberania do país e poderia acarretar toda uma espécie de consequências graves", realçou Leonkov ao RT.
Ademais, o novo pacote de sanções americanas contra a Coreia do Norte, votado no mês de maio na Câmara dos Representantes dos EUA, previa a possibilidade de estabelecer um controle da observação do regime de restrições nos portos russos de Nakhodka, de Vanino e de Vladivostok.
Além disso, o senador russo também qualifica que a "manobra" dos legisladores americanos, com efeito, não representa nada de novo e que suas recentes tentativas visam "estabelecer a superioridade de sua legislação sobre as normas internacionais", o que representa uma violação do direito internacional.