O observador político da agência Sputnik, Dmitry Kosyrev, pensa que a Rússia quer o mesmo que a China – a possibilidade de um diálogo normal com os EUA, e a China está agora abrindo o caminho para a Rússia neste sentido.
No diálogo em questão, o lado americano foi representado pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, e pelo secretário da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis. O lado chinês, por sua vez, foi representado por Yang Jiechi, conselheiro de Estado, e pelo membro da Comissão Militar Central, Fang Fenghui.
Nesse diálogo, comunica o New York Times, a China se conduziu de uma forma inesperada – os chineses apresentaram um ultimato aos EUA, dizendo que para alcançar o êxito no problema da Coreia do Norte é preciso abandonar a região (do ponto de vista militar). Nessa questão, assinala o analista Dmitry Kosyrev, a Coreia do Sul apoia a China e também está pronta a parar as manobras provocatórias com os EUA na região.
Dmitry Kosyrev sublinha que os americanos querem fazer da China um xerife asiático subordinado a Washington, mas os chineses não querem cair nesta cilada. Tais crises não devem influenciar todo o amplo espetro das relações entre países tão influentes como a China e os EUA, e os chineses percebem isso, destaca o especialista.
É importante referir que os laços econômicos entre os EUA e a China são muitas vezes maiores do que os russo-americanos, mas as relações entre os dois primeiros países também são muito complicadas.