Segundo Moon, a diminuição ou fim dos exercícios não são uma opção neste momento, mas poderão ser considerados se Pyongyang der sinais irreversíveis e verificáveis que indiquem o caminho da desnuclearização da Península Coreana.
“Em primeiro lugar, a posição oficial que temos é que o congelamento nuclear da Coreia do Norte e a redução de exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos não podem ser vinculados”, afirmou Moon, em declaração reproduzida pela agência Yonhap.
A passagem do presidente sul-coreano veio depois de um dos seus assessores ter dito que Seul e Washington poderiam diminuir os exercícios militares, caso o regime norte-coreano congelasse o seu programa nuclear.
O presidente da Coreia do Sul já viu o vizinho do norte conduzir cinco testes balísticos desde que assumiu a presidência, o que reforça a sua posição de não fazer concessões. “Eu acredito que a noção de que não devemos recompensar o mau comportamento é um princípio que devemos defender”.
Moon ressaltou que ainda acredita em uma saída diplomática, porém reconheceu que não seria nada fácil.
“A solução mais ideal seria desnuclearizar completamente a Coreia do Norte em um acordo único. Mas, de forma mais realista, acredito que tal acordo não será fácil. Acredito (que o Norte) deve pelo menos prometer um congelamento nuclear para que possamos começar a tomar medidas sérias (discussões) por sua desnuclearização. Nesse sentido, seu congelamento nuclear será a entrada e o desmantelamento nuclear da saída”, pontuou.
Pyongyang já fez promessas de congelamento do seu programa nuclear no passado, mas sempre acabou quebrando os acordos. Além disso, o regime de Kim Jong-un considera o fim dos exercícios entre norte-americanos e sul-coreanos uma questão fundamental para dialogar com os dois países, exigindo ainda que Seul “não se intrometa” no tema nuclear.