Em 2014, ele foi recrutado pelo serviço de inteligência da Ucrânia para coletar e transmitir a Kiev dados sobre os deslocamentos do material bélico na região de Lugansk, que fica em Donbass, no leste da Ucrânia. As regiões de Lugansk e de Donetsk foram as mais reticentes em reconhecer as autoridades pós-golpe de Kiev; a indignação dos seus moradores deu origem às assim chamadas Repúblicas Populares de Lugansk e de Donetsk, não reconhecidas pela comunidade internacional.
Depois, em 2015, Sizonovich foi a Kiev para passar por um teste de detector de mentiras. O teste não falhou, e ele continuou trabalhando.
Em um dado momento, conta Sizonovich, o seu chefe o encarregou de investigar a situação na cidade de Kamensk-Shakhtinsky, na região de Rostov, mais precisamente – espionar a plataforma ferroviária de Likhaya. Dessa vez, a ação era realizada na Rússia.
A plataforma em questão fica perto de uma base petrolífera, e em outro momento, o chefe do espião o pediu para checar um armazém secreto que estava perto dela. O armazém continha explosivos destinados para um atentado que devia ser realizado em setembro de 2016 – o que nunca chegou a acontecer, já que Sizonovich foi detido pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia.
Contudo, a identidade do chefe de Sizonovich permanece desconhecida.