Apesar de a China ser o principal alvo dos EUA, a União Europeia tem medo de se tornar um concorrente de Washington em vez de aliado.
O analista do mercado de ações, Dmitry Tratas, afirmou à Sputnik China que o mercado de aço está experimentando uma superprodução que não poderá ser resolvida em breve. O especialista não descarta a possibilidade de um conflito nesta esfera.
"Não acho nada surpreendente que tal guerra possa de fato começar. Há informações de que a administração de Trump esteja elaborando um projeto de lei, que impunha restrições às exportações de aço para os EUA. Em primeiro lugar, esta medida afetará sem dúvida a China. Mas poderá afetar também a Rússia e a União Europeia", disse, acrescentando que é difícil prever em que pode acabar tais restrições, caso sejam aprovadas.
Dmitry Tratas acredita que as tentativas norte-americanas de fazer da China a principal razão da superprodução global de aço sejam obviamente preventivas.
"Sim, a China na verdade está aumentando a produção de aço, mas isso se deve a suas necessidades, causada pelo crescimento econômico […] Ainda por cima, os próprios EUA sempre foram a favor da concorrência global livre", explicou.
"A China está promovendo ativamente a reforma de restruturação industrial. Um dos cinco aspectos desta reforma visa reduzir as capacidades de produção. A diminuição da produção de aço é um componente essencial desta medida", indicou o especialista chinês, sublinhando que Pequim já conseguiu alguns êxitos.
Outro argumento a favor de Pequim é que os países ocidentais são relutantes em cooperar com o país asiático para reduzir excesso de produção industrial.
"Os países ocidentais estão bloqueando a China na esfera de tecnologias de ponta, o que lhe impede aperfeiçoar sua estrutura de produção, sem falar da saída dos EUA do Acordo de Paris, o que dificulta a cooperação na luta contra contaminação do meio ambiente", concluiu.