Ruínas e devastação: sismólogos avisam México de futuro mortífero 'megaterremoto'

© AP Photo / Rebecca BlackwellEquipes de resgate buscam por sobreviventes sob escombros de prédio na Cidade do México
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Cientistas mexicanos e japoneses estão monitorando atentamente o "sismo lento" que pode se desencadear n brecha de Guerrero, informa o RT.

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O México enfrenta o risco de ser atingido por um "megaterremoto". Trata-se da brecha de Guerrero (Guerrero Cap) que se estende entre Papanoa e Acapulco. Cientistas mexicanos e japoneses passaram anos estudando como é possível evitar as consequências devastadoras deste sismo. O seu plano consiste em instalar a primeira rede de observação sismo-geodésica do país latino-americano. Eles esperam que esta venha a ser lançada em 2018, informa o RT.

Durante mais de um século, a área se encontrou em um "grande silêncio sísmico" apesar de que se localiza em uma zona de interseção de placas tectônicas, a de Cocos e a de América do Norte, e durante o mesmo período ocorreram sismos muito fortes. 

© REUTERS / Jorge Luis PlataÁreas destruídas por terremoto em Juchitán, no México
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De acordo com os dados históricos, o último grande terremoto ocorreu nessa região em 1911, mas não se sabe se houve precedentes. Portanto, não há dados estatísticos para perceber se existe um "intervalo de recorrência de um grande sismo em Brecha de Guerrero", e se é "de cada 100, 200, 300, 400 anos ou mais", expressou o pesquisador do Departamento do Instituto de Geofísica (IGF) da UNAM citado pelo diário Crónica. 

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Na falta dos dados sismológicos exatos, os sismólogos avançam duas possibilidades. A primeira hipótese adverte da possibilidade de se registrar um megaterremoto de magnitude superior a 8,2, caso a tensão acumulada por duas placas seja liberada rapidamente, segundo explicou ao RT a geóloga Irene Pérez do Instituto Nacional de Prevenção Sísmica (INPreS) da Argentina.  

A segunda previsão aponta para "um deslizamento assísmico" nesta área, que permitirá relaxar a mesma tensão mas durante dois ou três meses sem gerar sismos, explicou outro sismólogo do IGf, Miguel Ángel Santoyo.

Os sismólogos mexicanos e japoneses preveem que o próximo terremoto lento começará em janeiro do ano que vem, então eles procuram desenvolver a primeira rede de observação no fundo do mar do México para começar a estudar o processo. De acordo com o sismólogo M. Cruz Atienza, este tem "implicações importantes na ocorrência de terremotos potencialmente destrutivos".   

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