Revelado maior segredo da coroa do Sol

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A coroa solar, que é muito mais quente do que a superfície do Sol, cuja temperatura atinge 10 mil graus Kelvin nas zonas mais quentes, aquece não apenas devido às grandes explosões e emissões de plasma. Milhões de nanoexplosões imperceptíveis à visão humana também influem na temperatura da coroa solar.

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Os cientistas declararam, em um artigo publicado na revista Nature Astronomy, que conseguiram "registrar a formação de plasma quente nas zonas do Sol mais tranquilas, que não têm manchas". Juliana Vievering, da Universidade de Minnesota nos EUA, disse: "Esperamos realizar mais estudos no futuro para entender melhor em que medida o aquecimento da coroa se deve a essas nanoexplosões".

O Sol é uma bola de plasma quente cujas camadas externas se misturam constantemente, o que gera um potente campo magnético. Quando as linhas do campo magnético solar superam os limites das camadas mais densas, aparecem as chamadas manchas solares e cargas de energia potencialmente perigosas. 

No seu estudo, os astrônomos dos EUA e do Japão usaram o telescópio de raios X FOXSI. Para realizar o experimento, os pesquisadores tiveram que enviar o telescópio ao espaço em várias ocasiões, tendo este permanecido fora da atmosfera terrestre durante várias dezenas de minutos e depois retornado à Terra. No entanto, esse tempo foi suficiente para entender em que partes do Sol há explosões de raios X, que marcam o início do processo de aquecimento da coroa. Os cientistas compararam esses dados com os de grandes explosões capturadas pelos satélites da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

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Finalmente, os astrônomos chegaram à conclusão de que a maioria dos focos de explosão de raios X estava localizada nas zonas "tranquilas" do Sol, que não mostravam uma atividade visível.

Os pesquisadores assumiram que se trata de "nanoexplosões" invisíveis, capazes de aquecer a coroa até atingir uma temperatura de dezenas de milhões de graus Kelvin. Por sua vez, as próprias manchas solares geram muito menos raios X que as áreas “tranquilas" da nossa estrela.

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