O Sol é uma bola de plasma quente cujas camadas externas se misturam constantemente, o que gera um potente campo magnético. Quando as linhas do campo magnético solar superam os limites das camadas mais densas, aparecem as chamadas manchas solares e cargas de energia potencialmente perigosas.
No seu estudo, os astrônomos dos EUA e do Japão usaram o telescópio de raios X FOXSI. Para realizar o experimento, os pesquisadores tiveram que enviar o telescópio ao espaço em várias ocasiões, tendo este permanecido fora da atmosfera terrestre durante várias dezenas de minutos e depois retornado à Terra. No entanto, esse tempo foi suficiente para entender em que partes do Sol há explosões de raios X, que marcam o início do processo de aquecimento da coroa. Os cientistas compararam esses dados com os de grandes explosões capturadas pelos satélites da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Os pesquisadores assumiram que se trata de "nanoexplosões" invisíveis, capazes de aquecer a coroa até atingir uma temperatura de dezenas de milhões de graus Kelvin. Por sua vez, as próprias manchas solares geram muito menos raios X que as áreas “tranquilas" da nossa estrela.