Apesar de nenhuma instituição financeira ainda ter congelado oficialmente o financiamento dos projetos turcos, todas elas impuseram limitações mais rigorosas à concessão de créditos. O exame exaustivo que os bancos fazem às empresas turcas afeta principalmente as companhias que estão relacionadas com o Governo turco.
A redução do financiamento deve-se ao agravamento das relações entre os governos dos dois países. Na semana passada, a chanceler alemã Angela Merkel declarou que tentará cortar o financiamento de pré-adesão destinado à Turquia como país candidato a integrar a União Europeu.
Este verão, o Banco Europeu de Investimento suspendeu seus projetos na Turquia. Esta organização é o maior credor do mundo e é presidida pelo político alemão Werner Hoyer. Em 2017 o BEI diminuiu o financiamento dos projetos turcos para 507 milhões de euros ($R dois bilhões). Para comparar, em 2016 as empresas turcas receberam 2.230 milhões de euros ($R 8,5 bilhões).
A agência destacou que, antes, a Alemanha era o maior parceiro econômico da Turquia, com um comércio bilateral de cerca de 36 bilhões de dólares ($R 118 bilhões) em 2016.
As relações entre Ancara e Berlim ficaram ainda mais tensas neste ano devido ao referendo, que aumentou os poderes de Erdogan, e a retirada dos militares alemães da base de Incirlik.