O movimento xiita dos houthis iemenitas, de acordo com relatos, ameaçou atacar os portos e aeroportos sauditas e dos EAU.
"Todos os aeroportos, portos, postos fronteiriços e áreas com alguma importância para a Arábia Saudita e os EAU serão um alvo direto das nossas armas, o que é um direito legítimo", de acordo com a agência AFP citando a declaração divulgada pelo serviço dos rebeldes houthis.
A declaração dos houthis veio logo dois dias depois de a Arábia Saudita ter derrubado um míssil lançado pelos rebeldes iemenitas, prevenindo a ocorrência de vítimas. Comentando o ataque, a coalizão liderada pelos sauditas, que tem operado no Iêmen desde 2015, declarou que considera o lançamento do míssil um ato de guerra contra o reino e se reserva o direito de responder ao Irã, que classifica como culpado pelo ataque, o que foi categoricamente desmentido por Teerã.
Depois do ataque, a coalizão liderada pela Arábia Saudita decidiu alegadamente fechar todos os portos em território iemenita, aéreos e marítimos, explicando a medida pela tentativa de limitar os erros nos procedimentos de inspeção existentes que resultaram no fornecimento de mísseis balísticos e outro equipamento militar aos houthis.
O Iêmen tem estado envolvido em um conflito entre o governo e os rebeldes houthis apoiados por unidades do exército leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh desde 2015, com uma coalizão apoiada pela Arábia Saudita lançando uma operação aérea no país a pedido do presidente Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi.