A região se caracteriza por uma alta atividade vulcânica, que se deve ao Grande Vale do Rift, localizado na África, e que atravessa o centro da Etiópia. O vale é uma falha tectônica prolongada da crosta terrestre, causada pela separação de placas tectônicas, segundo explica a revista PopMech.
Erta Ale shield volcano, Afar / Danakil Depression, Ethiopia By Joel Santos #Ethiopia #Ethiopie #Africa #Afrique #Travel #Travel #voyage2017 pic.twitter.com/rXq9tstJVR
— Ethiopia Éthiopie (@daethio) 5 de setembro de 2017
O processo descrito acima provocou a formação de pelo menos 60 vulcões na Etiópia, estudados por geólogos.
Muitos destes entraram em erupção e acabaram deixando crateras enormes, enquanto outros permanecem ativos até hoje. Devido aos vulcões, na região há numerosas fontes termais e fissuras fumegantes.
A temperatura no fundo das fontes pode chegar até 300-400 °C, ou seja, a evaporação é capaz de por em movimento as potentes turbinas que produzem uma imensa quantidade de energia.
Do ponto de vista energético, um único vulcão é equivalente a alguns milhões de baterias solares e cerca de 500 turbinas eólicas.
A transformação da energia geotérmica em eletricidade se baseará no projeto piloto iniciado há 20 anos sobre o vulcão etíope de Alutu, que atualmente produz uns 70 megawatts.
A photographer shoots a video next to Erta Ale, a red-hot active volcano in Ethiopia. #wtf pic.twitter.com/8hbHG6qKUN
— INSH (@INSH) 29 de setembro de 2017
O uso de energia geotérmica pode mudar drasticamente a situação na região, abastecendo a população do país com eletricidade que não afetará o meio-ambiente.
Por enquanto, investigadores concluíram que as fissuras na crosta terrestre são uma espécie de reação natural à precipitação que cai sobre as fronteiras naturais do Rift.
No entanto, as fissuras perto do centro do vulcão não são afetadas pela precipitação, representando um recurso estável de energia com um alto potencial térmico.