20 terremotos fortes por ano: cientistas preveem aumento da atividade sísmica para 2018

© REUTERS / Edgard GarridoCasa destruída pelo terremoto em Juchitan, México.
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O aumento da quantidade de terremotos de grande envergadura estaria ligado à desaceleração periódica da rotação da Terra. Cientistas dos EUA advertiram que no próximo ano a Terra poderia sofrer um aumento de terremotos fortes, relacionando a atividade sísmica com a rotação de nosso planeta.

De acordo com The Guardian, os especialistas Roger Bilham, da Universidade do Colorado, e Rebecca Bendick, da Universidade de Montana (EUA), acreditam que as variações na velocidade de rotação da Terra poderiam intensificar a atividade sísmica.

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Essas variações na rotação são muito pequenas e alteram o comprimento do dia em apenas um milissegundo. Entretanto, os autores do estudo, apresentado na reunião anual da Sociedade Geológica dos EUA no mês passado, afirmaram que essas pequenas variações podem libertar grandes quantidades de energia subterrânea.

"A correlação entre a rotação da Terra e a atividade sísmica é forte e sugere que haverá um aumento do número de terremotos potentes no próximo ano", afirmou Bilham, citado pelo jornal britânico The Guardian. Para encontrar essa correlação, os pesquisadores analisaram os terremotos de magnitude 7,0 e superiores que ocorreram desde 1900. Os especialistas estabeleceram que os períodos de aumento de terremotos fortes ocorreram depois da desaceleração da rotação da Terra, embora essa desaceleração fosse pequena.

Bilnam sublinhou que, em cada caso, a Terra nos oferece "um alerta de cinco anos sobre futuros terremotos", e o planeta começou sua desaceleração periódica há mais de quatro anos. "No próximo ano, devemos ver um aumento significativo no número de terremotos fortes", afirmou o cientista. "Tivemos isso fácil neste ano, até agora só tivemos cerca de seis terremotos fortes, mas poderíamos facilmente ter 20 terremotos por ano a partir de 2018."

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