"Não acho que o termo 'cortina de ferro' possa ser aplicado à relações entre a Rússia e os EUA na etapa atual", disse ele.
Para Lavrov, os EUA estão vivendo um renascimento do macartismo, tempo em que as ideias anticomunistas nos EUA se agudizaram e se realizavam perseguições políticas dos que tinham "sentimentos antiamericanos".
"Mas pessoalmente estou convencido de que, tal como em seu tempo os EUA se cansaram da 'caça às bruxas' organizada pelo senador Joseph McCarthy, na situação atual a sensatez e a recuperação também chegarão. Embora muito tempo seja perdido em vão", disse o diplomata.
O ministro disse que, por enquanto, não foi discutida a data de um novo encontro entre o presidente russo Vladimir Putin e o seu homólogo norte-americano Donald Trump. Entretanto, os dois líderes estão contatando de maneira bastante intensa sobre vários assuntos internacionais.
Entre os problemas mais importantes nas relações entre Moscou e Washington o chanceler russo destacou "a histeria russófoba no establishment político norte-americano que adquiriu, sem exagero, um caráter de paranoia".
"É ela que nos impede de avançar nas áreas importantes para os nossos países e provoca uma tensão adicional a nível internacional", sublinhou o diplomata.
Ao mesmo tempo, o ministro assegurou que a Rússia não planeja aumentar o nível de confronto com os EUA, mas responderá às ações agressivas.
"Continuaremos defendendo nossas posições de maneira coerente e enérgica, fazendo os colegas de Washington voltarem aos princípios fundamentais nos quais o diálogo deve se basear. O mais importante entre estes princípios é tomar em conta e respeitar os interesses de cada um. De outro modo é impossível melhorar as relações e cooperar nos assuntos internacionais", declarou Lavrov.