"Nós enfrentamos regimes desonestos em todo o mundo, grupos terroristas e rivais como a China e a Rússia que desafiam nossos interesses, nossa economia e nossos valores", disse o chefe da Casa Branca.
Além do mais, Trump solicitou ao Congresso para dar um basta à redução do orçamento militar do país e para que "financie totalmente nossas excelentes Forças Armadas". Ele também sublinhou a necessidade de modernizar o arsenal nuclear dos EUA para torná-lo "poderoso ao ponto de poder restringir qualquer ato de agressão".
"A experiência anterior nos ensinou que complacência e concessões apenas causam agressão e provocação. Não vou repetir os erros das administrações anteriores, que nos levaram para esse estado perigoso", declarou.
Em meados de janeiro, o Pentágono publicou alguns pontos da nova Estratégia de Defesa Nacional, sendo este o primeiro documento deste tipo dos últimos nove anos. A nova estratégia determina China, Rússia, Coreia do Norte e Irã como principais ameaças para a segurança de Washington. O documento sublinha que a principal ameaça para os EUA é o armamento nuclear da Rússia.
Especialista russo em assuntos norte-americanos, Aleksandr Domrin, comentou o discurso de Donald Trump para o serviço russo da Rádio Sputnik. Na opinião dele, o líder estadunidense não disse nada de novo, tendo apenas refletido a realidade.
"Quando ele [Trump] chama a Rússia e a China de principais rivais dos EUA é normal. Trump reflete a realidade: de fato, quem mais pode concorrer na economia, política e geoestratégia com os Estados Unidos? Apenas a Rússia e a China", opinou Domrin.
"A economia estadunidense está em alta, […] e como previa fazer Trump, está mais forte do que na presidência de Obama. Ao mesmo tempo, Trump entende que há desafios, tanto internos como externos, que são a Rússia e a China", comentou.
Desta forma, segundo Domrin, o presidente norte-americano reconhece que "a Rússia juntamente com a China e os EUA são os três países líderes do mundo", concluiu.